Miriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30) para ocupar a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), anteriormente ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, falecido em fevereiro deste ano.
om uma carreira marcada pela produção literária, pelo jornalismo de análise e por temas como economia e meio ambiente, Míriam se torna a mais nova integrante da ABL, reforçando a presença de vozes femininas e jornalistas na instituição
Míriam Leitão recebe 20 votos dos acadêmicos
Com 20 votos entre os 37 possíveis, Míriam Leitão foi a mais votada entre 15 candidatos. A eleição ocorreu na sede da ABL, no Rio de Janeiro, e reuniu nomes como Cristovam Buarque, Tom Farias e Ruy da Penha Lôbo.
A escolha da jornalista representa a presença cada vez maior de profissionais da imprensa na Academia. Com um perfil que alia literatura e análise crítica da realidade brasileira, Míriam reforça o vínculo entre o jornalismo e a produção intelectual.
Produção literária diversa e premiada
Ao longo da carreira, Míriam Leitão publicou 16 livros, em gêneros que vão da crônica ao romance, passando por literatura infantil e ensaio. Uma de suas obras mais conhecidas é Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda, que venceu o Prêmio Jabuti em 2012 como Livro do Ano de Não Ficção.
Em 2024, ela venceu o Prêmio Intelectual do Ano – Troféu Juca Pato com o livro Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades, onde reflete sobre os desafios e caminhos possíveis para a preservação da floresta.
Presença ativa no jornalismo brasileiro
Com mais de cinco décadas de atuação, Míriam Leitão se mantém como uma voz relevante na imprensa. É colunista do jornal O Globo, comentarista da CBN, Globonews e Bom Dia Brasil, além de apresentadora do programa Miriam Leitão Globonews.
Sua atuação mescla análise econômica, ambiental e política, contribuindo com debates de interesse nacional e público.
A eleição de Míriam Leitão para a Academia Brasileira de Letras reforça o papel da comunicação na formação cultural do país. Sua trajetória amplia a diversidade de olhares dentro da ABL e convida à reflexão: como as vozes do jornalismo podem enriquecer o cenário literário?