A produção de vacinas nacionais no Brasil atinge um marco histórico em 2025, reforçando a autonomia do país na área de saúde pública. Segundo informações do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as principais vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) agora são fabricadas integralmente em território brasileiro.
Esse avanço é fruto de investimentos em inovação biomédica, viabilizados pelo Plano Nacional de Autossuficiência em Vacinas, criado em 2023 em parceria com o Ministério da Saúde e instituições privadas. A estratégia visa reduzir a dependência de insumos estrangeiros e fortalecer a capacidade nacional.
Vacinas com produção 100% nacional
A produção de vacinas nacionais já contempla imunizantes essenciais para a saúde pública. Entre as vacinas que passaram a ser fabricadas integralmente no Brasil estão:
- Vacina contra Influenza;
- Vacina meningocócica C;
- Vacinas contra hepatite A e hepatite B;
- Vacinas combinadas pentavalentes para imunização infantil;
- Vacina contra Covid-19 de segunda geração.
Além disso, o Instituto Butantan anunciou a fabricação da primeira vacina nacional contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que causa bronquiolite em crianças pequenas.
Benefícios da produção de vacinas nacionais para o Brasil
O fortalecimento da produção de vacinas nacionais traz benefícios diretos para a saúde pública. O Brasil ganha maior autonomia no gerenciamento do calendário de vacinação e maior agilidade em campanhas emergenciais.
De acordo com a Fiocruz, a fabricação interna gera uma economia de aproximadamente R$ 1,5 bilhão por ano aos cofres públicos. Também reduz o risco de desabastecimento em cenários de crises sanitárias globais.
Outro impacto positivo é a expansão do parque industrial farmacêutico, com a criação de novos empregos qualificados e o aumento da oferta de vacinas de alta qualidade para toda a população.
Futuro da biotecnologia brasileira
O avanço na produção de vacinas nacionais posiciona o Brasil como um dos líderes em biotecnologia na América Latina. Projetos em andamento preveem a criação de vacinas de segunda geração contra dengue, zika vírus e chikungunya.
Também estão sendo desenvolvidas terapias imunológicas personalizadas para fortalecer a resposta contra doenças infecciosas e autoimunes. O objetivo é ampliar ainda mais a inovação científica no país.
Com esses investimentos, o Brasil se prepara para atender a sua demanda interna e se tornar um importante exportador de vacinas para países da América do Sul e África. A aposta na produção de vacinas nacionais marca o início de uma nova era para a saúde pública brasileira, baseada em inovação, autonomia e acesso universal.