Lula colossal é registrada viva pela primeira vez no oceano
A lula colossal foi observada pela primeira vez viva em seu habitat natural por pesquisadores do Instituto Schmidt Ocean. O animal, conhecido cientificamente como Mesonychoteuthis hamiltoni, chamou atenção não apenas pelo tamanho impressionante, mas também por ser, até hoje, um dos maiores invertebrados já registrados. Além disso, esse registro marca um avanço significativo para a ciência marinha, que há décadas buscava compreender melhor essa espécie rara.
O achado ocorreu no Oceano Atlântico, a cerca de 600 metros de profundidade, nas proximidades das Ilhas Sandwich do Sul, uma região localizada no extremo sul da Argentina. Segundo os especialistas, a lula colossal pode atingir até sete metros de comprimento e pesar mais de 500 quilos, considerando os tentáculos
Por esse motivo, ela é considerada o invertebrado mais pesado já conhecido. Esse momento histórico, portanto, faz parte de uma expedição internacional que tem como objetivo mapear e documentar novas formas de vida nas profundezas oceânicas.
Descoberta de lula colossal encerra mistério de um século
Embora descrita pela ciência há 100 anos, a lula colossal nunca havia sido vista viva. O primeiro registro, feito em 1925, era baseado em fragmentos encontrados no estômago de um cachalote. Desde então, a espécie era envolta em mistério. Agora, imagens inéditas revelam detalhes únicos sobre esse animal enigmático.
A confirmação da espécie foi feita com apoio de cientistas como a Dra. Kat Bolstad, da Universidade de Tecnologia de Auckland, e o Dr. Aaron Evans, especialista em lulas de vidro. A dupla analisou as características visuais do animal para verificar que se tratava de uma lula colossal adulta.
Importância científica e marinha
A descoberta da lula colossal em vida traz avanços para a biologia marinha. Até então, tudo o que se sabia vinha de restos encontrados em predadores, como cachalotes, tubarões dormentes e até peixes grandes como as marlongas. Esses animais são capazes de atacar lulas colossais juvenis, mas os adultos são raramente predados.
Agora, com imagens reais, cientistas poderão entender melhor o comportamento, os hábitos e o papel ecológico da lula colossal no fundo do oceano. A boa notícia abre portas para novas descobertas sobre a vida marinha nas regiões profundas e pouco exploradas do planeta.