O Museu Nacional do Rio de Janeiro amplia acervo por meio do projeto Recompõe, iniciativa criada para recuperar peças perdidas no incêndio de 2018. Desde o início do projeto, mais de 14 mil itens foram incorporados à coleção, com apoio de doações de instituições, colecionadores e famílias brasileiras e estrangeiras.
Entre os novos objetos estão conchas, fósseis, animais empalhados e peças históricas. Uma das mais simbólicas é o manto tupinambá, usado em rituais no século XVI e doado pelo Museu Nacional da Dinamarca. Outro destaque é um tigre taxidermizado entregue por uma família brasileira.
Itens históricos e contribuições notáveis
Além do manto, o museu recebeu 1.104 fósseis da Bacia do Araripe, doados por Burkhard Pohl, 17 peças africanas oferecidas pelo embaixador Alexandre Addor e sete cerâmicas pré-colombianas doadas por Gilka Leite Garcia. O cantor Nando Reis também participou, doando sua coleção de conchas.
Do total de peças recebidas, 1.815 serão exibidas nos novos circuitos que o museu prepara para sua reabertura.
Novos circuitos do Museu Nacional
- Circuito História, Ciência e Sociedade
- Circuito Universo e Vida
- Circuito Ambientes do Brasil
- Circuito Diversidade Cultural
Reconstrução e novos investimentos.
A reconstrução do Museu Nacional também avança com o reforço de novos recursos financeiros. Recentemente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma doação de R$ 50 milhões para apoiar diretamente a recuperação da instituição.
Esse investimento será essencial para restaurar itens históricos e científicos de grande relevância, incluindo a reconstituição de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, encontrado em Minas Gerais na década de 1970. O crânio de Luzia, que ajudou a reescrever a história da ocupação humana nas Américas, foi localizado em fragmentos entre os escombros cerca de um mês após o incêndio
Agora, com o novo financiamento, será possível restaurar essa peça simbólica. A reabertura parcial do museu está prevista para o dia 5 de junho, quando a instituição completa 207 anos.
Quem quiser participar dessa reconstrução histórica pode acessar o site oficial do projeto Recompõe para saber como doar.