O documentário Antonio Bandeira – O Poeta das Cores estreia nos cinemas nesta quinta-feira (10), após vencer prêmio no Cine Ceará. A produção dirigida por Joe Pimentel apresenta a trajetória do pintor cearense Antonio Bandeira, um dos nomes mais relevantes da arte brasileira no século 20.
Nascido em Fortaleza e falecido em Paris, o artista se destacou pela liberdade criativa e pelas rupturas com estilos tradicionais. A proposta do filme é unir arte e biografia, mostrando momentos marcantes da vida de Bandeira, do Ceará à Europa.
Antonio Bandeira e sua trajetória
A narrativa se inicia com Francisco Bandeira, sobrinho do artista, em um cemitério francês. Ele se apresenta como estudioso da vida do tio e dá o pontapé na estrutura do documentário. A ideia de buscar o homem por trás do artista aparece no início, mas se dilui ao longo do filme.
O longa segue uma estrutura clássica, com entrevistas de especialistas, artistas e curadores. Figuras como Galciani Neves, Vera Novis e Maria Bonomi enriquecem o conteúdo com análises e memórias. Apesar disso, a alternância entre depoimentos, narração e encenações provoca certo equilíbrio na condução.
Documentário apresenta contribuições, mas evita aprofundamentos
O filme traça um panorama relevante da trajetória de Bandeira e das conexões que fez em diferentes contextos históricos e culturais. No entanto, temas como racismo, crítica social e ruptura estética são apenas tocados, sem desenvolvimento.
Mesmo assim, Antonio Bandeira – O Poeta das Cores cumpre o papel de apresentar ao grande público um artista essencial. Ele não pintava quadros apenas: experimentava a linguagem da pintura em toda sua intensidade e liberdade.