O Estudo das Freiras tem ajudado a desvendar como o Alzheimer se desenvolve e quais fatores influenciam o envelhecimento do cérebro. Iniciado em 1986, o projeto acompanha freiras idosas para investigar causas e formas de prevenir demências.
O estudo observou 678 religiosas que aceitaram fazer exames anuais, compartilhar dados médicos e doar o cérebro após a morte. Isso permitiu análises detalhadas que ligaram estilo de vida, educação e saúde cerebral.
O impacto do Estudo de Freiras na educação e reserva cognitiva
Uma das descobertas mais relevantes do Estudo das Freiras foi a relação entre educação e menor risco de demência. Textos escritos pelas freiras na juventude foram comparados às suas condições cognitivas décadas depois. As que escreveram com mais riqueza de vocabulário apresentaram menos sinais de Alzheimer.
Esse achado fortaleceu o conceito de reserva cognitiva: quanto mais o cérebro é estimulado ao longo da vida, mais resistente ele se torna aos efeitos da demência.
Genética, resiliência e os próximos passos
Além da educação, o estudo apontou o papel do gene APOE4 como fator de risco genético. Também revelou casos de cérebros com sinais da doença, mas sem prejuízo cognitivo. Isso levanta hipóteses sobre resiliência cerebral ainda pouco compreendidas.
Atualmente, os dados do projeto estão sendo digitalizados. Com ajuda da inteligência artificial, os cientistas esperam fazer novas descobertas sobre o Alzheimer.
Quer saber como proteger seu cérebro? Ler, estudar, aprender novos idiomas e manter-se ativo são caminhos possíveis. E, quem sabe, manter uma visão otimista da vida também faça diferença.