Tigres separados quando pequenos, Boris e Svetlana, protagonizaram uma história de sobrevivência e união. Resgatados órfãos em diferentes regiões da Rússia, foram reabilitados em um projeto de reintrodução na natureza que durou quase uma década. Essa iniciativa, realizada na região de Pri-Amur, buscava restaurar a população de tigres-de-amur, uma subespécie ameaçada de extinção.
A história dos tigres separados quando pequenos
Em 2012, pesquisadores encontraram seis filhotes órfãos de tigre nas florestas das Montanhas Sikhote-Alin, um Patrimônio Natural da UNESCO. Os especialistas levaram os filhotes a santuários especializados, onde minimizaram o contato humano. Lá, aprenderam a caçar presas vivas, uma habilidade importante para a sobrevivência na natureza.
O projeto contou com o apoio de organizações internacionais, como o Bronx Zoo, e seguiu um protocolo rigoroso para garantir que os tigres pudessem retornar à vida selvagem. Em 2014, os responsáveis pelo projeto soltaram os filhotes, agora subadultos, em áreas próximas às montanhas Sikhote-Alin, dentro da distribuição original da espécie.
Reencontro e formação de uma nova geração
Entre os seis tigres soltos, Boris e Svetlana, que não tinham parentesco genético, se destacaram. Um ano após sua reintrodução, Boris percorreu longas distâncias até o local onde Svetlana havia estabelecido seu território. Os dois se tornaram um casal e, em pouco tempo, tiveram um filhote chamado Amur.
O impacto da reabilitação no futuro dos tigres-de-amur
Atualmente, menos de 600 tigres-de-amur vivem na natureza, tornando projetos como este essenciais para a preservação da espécie. O estudo que documenta o caso de Boris e Svetlana oferece uma estrutura para a reintrodução de grandes felinos em outras partes do mundo, ajudando a restaurar populações ameaçadas.