A doação de órgãos no Brasil sempre enfrentou desafios, principalmente devido à burocracia que envolve o processo. Para tentar superar essas dificuldades e otimizar a captação de órgãos, uma nova plataforma digital foi implementada, trazendo mais transparência e agilidade para as famílias e equipes médicas envolvidas no processo de transplante.
Aumento na fila de espera de doação de órgãos no Brasil
Atualmente, cerca de 68 mil pessoas estão na fila de espera para receber um órgão no Brasil. Apesar do crescimento no número de doadores nos últimos anos, a resistência por parte das famílias ainda é um obstáculo. Estudos indicam que até 40% das famílias não autorizam a doação, muitas vezes devido à falta de conhecimento ou por não terem informações claras sobre a vontade do falecido.
Plataforma digital facilita o processo de doação
A solução para esse problema surge com o “e-Notariado”, um sistema eletrônico criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com os cartórios brasileiros. O sistema permite que os cidadãos, por meio de seus dispositivos móveis, façam a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Com esse procedimento, os doadores podem registrar sua intenção de doar órgãos de forma oficial, sem a necessidade de deslocamento até um cartório.
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Esse processo facilita o acesso às informações sobre os doadores, oferecendo aos médicos uma base de dados mais acessível e transparente. Ao identificar um doador, os profissionais da saúde conseguem se comunicar rapidamente com a família, apresentando a autorização previamente registrada. Essa plataforma já conta com mais de 8.400 cadastros, e a expectativa é que o número aumente, agilizando os transplantes e reduzindo os desperdícios de órgãos.
Impacto nas pessoas à espera de um transplante
O impacto dessa tecnologia é direto na vida de pessoas como Pamila Cristina Aguiar, que sofre com problemas renais e espera ansiosamente por um transplante.
“A cada dia, a esperança de receber a ligação da central de transplantes me dá forças para continuar”, comenta Pamila ao G1.
A inovação no processo de doação de órgãos não só melhora a logística dos transplantes, mas também oferece um alívio àqueles que, como Pamila, enfrentam longos períodos de espera.