Roberto Brito cresceu em uma família de madeireiros e, desde os 11 anos, teve contato com a motosserra. Natural das margens do rio Negro, no Amazonas, ele passou boa parte da vida vendo as árvores não como seres vivos, mas como fonte de lucro. No entanto, sua visão sobre a floresta amazônica e as árvores na Amazônia passou por uma transformação radical ao longo dos anos, mudando a sua forma de viver e a de sua comunidade.
De madeireiro a defensor da floresta e das árvores na Amazônia
Ao longo dos anos, a extração de madeira foi considerada uma importante fonte de sustento para as famílias da região. Contudo, Roberto Brito percebeu que, em vez de continuar derrubando árvores, seria possível encontrar uma maneira de gerar uma renda mais sustentável e duradoura.
“Quando vejo uma árvore que tem 300 ou 400 anos, penso no futuro dos meus filhos e no legado que vamos deixar para a nossa comunidade”, compartilha Brito com a BBC.
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Foi em 2008, com a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, que Brito encontrou uma nova direção. O ecoturismo surgiu como uma alternativa para gerar receita sem causar danos ao meio ambiente.
Com o apoio da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), ele inaugurou sua pousada em Tumbira, uma comunidade ribeirinha onde mora, oferecendo trilhas pela floresta. Surpreendentemente, essa atividade se mostrou mais rentável do que a antiga prática de cortar madeira.
A força do ecoturismo: mudando vidas e preservando a natureza
O sucesso de Brito não é um caso isolado. Sua história reflete uma mudança de mentalidade que vem se espalhando por várias comunidades amazônicas, mostrando que é possível conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento econômico.
“É mais vantajoso ter a árvore de pé, vivendo, do que cortá-la e retirar a madeira”, diz.