O 13° salário, também chamado de “gratificação de Natal”, é um direito trabalhista que beneficia milhões de brasileiros todos os anos. Este direito foi oficializado em 13 de julho de 1962, durante o governo de João Goulart, com a promulgação da Lei n.º 4.090. Entender como surgiu o 13° salário é importante para o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores, afinal, este é o resultado de uma luta histórica por melhores condições de trabalho.
Como surgiu o 13° salário
O contexto da criação do 13° salário remonta a um período de intensas pressões sociais e econômicas. No início dos anos 1960, o Brasil enfrentava inflação elevada e queda do poder aquisitivo. Trabalhadores impulsionaram a criação dessa política com greves e protestos, enfrentando a resistência de empresários e especialistas econômicos. Alegava-se, na época, que a medida poderia gerar uma crise financeira.
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No entanto, o que se viu foi o oposto: o 13° salário tornou-se um importante motor para a economia nacional. Em 2024, por exemplo, espera-se que esse pagamento injete mais de R$ 320 bilhões na economia, movimentando o comércio e ajudando trabalhadores a equilibrar suas finanças.
Por que é um direito e não um bônus?
Não encare o 13° salário como um presente ou bônus de fim de ano. Ele compensa o trabalho realizado ao longo do ano e está diretamente relacionado à carga horária trabalhada. Para entender melhor, um ano tem 52 semanas. Quando dividimos esse total por 4 (o número médio de semanas em um mês), obtemos 13. Ou seja, o 13° reflete um período real de trabalho que vai além dos 12 meses convencionais.
Como planejar o uso do 13° salário
Planejar é a chave para aproveitar ao máximo o 13°. Para quem tem dívidas, priorizar a quitação ou negociação de valores pode aliviar o orçamento. Já aqueles que não têm pendências financeiras podem reservar o valor para despesas futuras, como IPTU, IPVA e materiais escolares.
Além disso, permitir-se usar parte do 13° para pequenas realizações pessoais também é saudável. Porém, definir um teto para os gastos evita que as festas de fim de ano comprometam o orçamento.
Para empreendedores e autônomos, criar uma reserva ao longo do ano pode ser a solução para simular o benefício do 13°. Separar os ganhos pessoais dos empresariais é essencial para um planejamento financeiro sólido.