A Unilever lançou a Escola de Marketing Antirracista (EMA) com o objetivo de transformar suas práticas de comunicação e marketing para que representem a diversidade brasileira. O projeto, que envolveu um investimento de mais de R$ 1 milhão, foi desenvolvido em parceria com as consultorias Indique Uma Preta e Oliver Press e capacitou mais de 350 funcionários da área de marketing.
Capacitação de profissionais para um mercado mais inclusivo
A EMA tem a missão de treinar os profissionais da Unilever para que desenvolvam campanhas e produtos que respeitem a diversidade racial do Brasil, um país onde 56% da população é negra. Durante o curso, que tem duração de 40 horas, os participantes passaram por temas como afroempreendedorismo, criação de propósito de marca, e semiótica antirracista.
A formação contou com palestrantes de renome, incluindo Luana Genot, CEO do ID_BR, e a atriz Taís Araújo. Acadêmicos como o Prof. Dr. Dennis Oliveira (USP) também contribuíram para o conteúdo, trazendo perspectivas sobre relações étnico-raciais e o papel das empresas em promover inclusão e equidade.
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Impacto do antirracismo no desenvolvimento de marcas
A EMA não se limita à capacitação teórica. Como parte do projeto, mentorias, especialmente de Felipe Silva, CCO da Agência GANA, aceleraram 15 iniciativas de marcas da Unilever. Com essa orientação, a Unilever revisou estratégias e alinhou investimentos às demandas da população negra.
Expansão e governança do marketing antirracista
Para 2025, a Unilever pretende estabelecer um comitê de governança dedicado ao marketing antirracista. O comitê terá a função de monitorar e aprimorar a aplicação das diretrizes desenvolvidas pela EMA. Membros internos e externos comporão esse comitê, que promoverá uma avaliação contínua dos impactos da escola na estratégia de diversidade da companhia.
Segundo Juliana Oliveira, CEO da Oliver Press, o projeto representa uma jornada de transformação que parte de dentro da Unilever para atingir o mercado. A cofundadora da Indique Uma Preta, Daniele Mattos, também reforça que marcas comprometidas com a inclusão têm um desempenho mais positivo, pois abordam questões relevantes para a sociedade.