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Cientistas descobrem por que sentimos pena de robôs

Pessoas demonstram pena por robôs que fingem sentir dor, segundo estudo da Radbound University, sugerindo manipulação emocional futura.
Imagem de uma mulher humana olhando para um robô.

Uma pesquisa realizada pela Radbound University, na Holanda, revelou um fenômeno curioso: seres humanos podem sentir pena de robôs. Mesmo que essas máquinas não sintam dor, as pessoas tendem a reagir emocionalmente quando um robô finge sofrimento. Marieke Wieringa conduz essa pesquisa como parte de sua tese de doutorado, que ela defenderá em novembro.

Segundo Wieringa, robôs despertam pena ao emitir sinais que simulam dor. “Se um robô consegue fingir sentir dor emocional, as pessoas se sentem mais culpadas ao maltratá-lo”, explicou a cientista. Os testes mostraram esse comportamento quando os participantes assistiram a robôs sendo maltratados.

Testes revelam a reação emocional humana

Nos experimentos, os pesquisadores expuseram os participantes a robôs que, em alguns casos, não reagiam, enquanto em outros exibiam respostas associadas à dor, como sons lamentáveis. Quando os robôs mostravam sinais de sofrimento, os participantes pensavam duas vezes antes de maltratá-los novamente. Os robôs intensificaram esse sentimento de pena ao simular reações emocionais.

Em um teste específico, os participantes tiveram que escolher entre realizar uma tarefa entediante ou sacudir um robô. Curiosamente, quando o robô emitia sons de dor, a maioria dos participantes preferia completar a tarefa, evitando maltratar o robô.

Implicações da pena de robôs para o futuro

Marieke Wieringa acredita que as empresas podem explorar essa reação emocional comercialmente no futuro, comparando o fenômeno com o sucesso dos Tamagotchis, os populares bichinhos virtuais dos anos 1990. Ela alerta que, no futuro, empresas podem explorar a pena por robôs para manipular os consumidores.

Apesar disso, Wieringa não é a favor de uma proibição total das emoções em robôs. Ela menciona que robôs terapêuticos, por exemplo, podem ser úteis para auxiliar em tratamentos emocionais. A cientista sugere que se criem regulamentações para garantir que robôs e chatbots expressem emoções de forma ética, evitando a manipulação das emoções humanas.

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