O ex-boxeador Adilson Rodrigues, conhecido como Maguila, fez em vida a escolha de doar seu cérebro para a ciência. A doação visa contribuir para o avanço de pesquisas sobre encefalopatia traumática crônica (ETC), condição associada a lesões na cabeça, comum em esportes de contato.
O impacto das lesões em esportes de contato
O cérebro do ex-boxeador Maguila agora faz parte do Banco de Cérebros da Faculdade de Medicina da USP, onde são realizados estudos sobre doenças do envelhecimento. Nesse biobanco, especialistas esperam compreender o desenvolvimento da demência do pugilista. Maguila não foi o primeiro atleta a doar seu cérebro para este projeto: o biobanco recebeu doações de Eder Jofre, outro boxeador de renome.
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O estudo, liderado pela doutora Roberta Rodriguez, tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as diferentes fases da doença. “O Maguila e o Eder Jofre tiveram carreiras diferentes, então a comparação vai nos ajudar a entender as variações na evolução da ETC, como se uma das patologias se manifestou de forma mais leve ou avançada,” explicou Rodriguez.
Novos horizontes para o tratamento de doenças neurológicas
A coordenação do biobanco está a cargo da neurologista Renata Leite, que destaca a importância dessas doações para a criação de tratamentos para doenças degenerativas. “Doenças como Parkinson e Alzheimer ainda não possuem tratamento eficiente, e isso se deve, em grande parte, ao nosso conhecimento limitado sobre seu desenvolvimento no cérebro. Com a doação de cérebros como o do ex-boxeador Maguila, temos a chance de criar estratégias de prevenção e entender a fundo como doenças como a ETC evoluem”, enfatizou.