Um programa inédito de apoio à proteção fundiária, conservação da biodiversidade e agricultura tradicional será lançado por Brasil e Colômbia. A iniciativa fortalece territórios afrodescendentes nos dois países.
O programa, chamado Quilombo das Américas, promove o reconhecimento de direitos, preservação cultural e justiça social. O lançamento será nesta segunda-feira (21), em Cali, na Colômbia, durante a COP-16.
A Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade ocorre de 21 de outubro a 1º de novembro. A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, e a vice-presidente colombiana, Francia Marquez, participarão.
Paula Balduíno, diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos, destacou a importância do projeto. “Levamos à COP-16 uma proposta que foca no reconhecimento dos povos afrodescendentes”, afirmou ela.
Durante uma sessão da OEA, na semana passada, a organização aprovou por aclamação uma resolução sobre reconhecimento e desenvolvimento sustentável para as comunidades quilombolas do continente.
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Compromisso com a biodiversidade
O Quilombo das Américas se alinha às metas globais da ONU para 2023. As metas incluem acabar a perda de biodiversidade e usar recursos naturais de maneira sustentável.
A COP da biodiversidade, realizada desde a ECO-92, é um dos principais fóruns de conservação ambiental. As atualizações anuais refletem o compromisso global em proteger o meio ambiente.
O programa também fortalece a identidade e a memória das comunidades afrodescendentes. “Queremos criar um espaço de cooperação e promover a justiça racial”, destacou o Ministério da Igualdade Racial.
Este programa representa um passo importante para proteger a biodiversidade e apoiar o desenvolvimento sustentável. A união de esforços entre Brasil e Colômbia promove uma agenda comum de preservação e justiça social.