Desde 2009, o projeto Boas Práticas Cardiovasculares vem transformando o atendimento cardiológico no Sistema Único de Saúde (SUS) através de uma colaboração entre o Ministério da Saúde e instituições privadas como o Hospital do Coração (HCor) e a Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP). Este projeto faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e foca na qualificação em serviço e melhoria contínua das práticas médicas.
Inovações e impactos
A parceria tem permitido a implementação de tecnologias como o Tele-ECG, que disponibiliza eletrocardiogramas em unidades de pronto atendimento e serviços de atendimento móvel de urgência em todo o país. Os resultados dos atendimentos cardiológicos são laudados em tempo real, permitindo diagnósticos rápidos e precisos que são essenciais para tratamentos eficazes em casos de emergências cardíacas.
Redução significativa na mortalidade
Patricia Vendramim, gerente de Projetos de Assistência e Saúde Digital de Responsabilidade Social do HCor, relata que a implementação de boas práticas nas UPAs participantes resultou em uma redução de 44% na taxa de mortalidade. Além disso, houve um aumento na adesão à terapia medicamentosa e uma diminuição no tempo de realização dos eletrocardiogramas. “O tempo inteiro, a gente qualifica os profissionais que estão na linha de frente nesses serviços de urgência e emergência que são UPAs, no país inteiro”, disse Patricia à Agência Brasil.
Expansão do projeto
Recentemente, o projeto expandiu seu escopo para incluir o tratamento de acidente vascular cerebral e sepse, aumentando assim seu impacto no sistema de saúde. Camilla Nicolino, coordenadora de Projetos da BP, destaca que 86% das UPAs abrangidas pelo projeto são habilitadas junto ao Ministério da Saúde, o que garante uma ampla cobertura e implementação de protocolos clínicos eficientes.
Futuro do projeto
O projeto Boas Práticas está previsto para continuar até 31 de dezembro de 2026, com planos de estabelecer todas as unidades ativas com serviços de qualidade garantida. Isso incluirá a ampliação de unidades de pronto atendimento, que receberão consultoria e tutoria para a implementação de práticas recomendadas para o tratamento de síndromes cardíacas e outros casos críticos.