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Pesquisadores avançam em vacina contra câncer de pele

Pesquisadores de uma universidade britânica desenvolvem uma vacina personalizada de mRNA para combater o melanoma, o tipo mais letal de câncer de pele.
câncer de pele
(Foto: Mufid Majnun/Unsplash)

Pesquisadores da University College London, juntamente com parceiros da indústria farmacêutica como a Moderna e a Merck Sharp and Dohme (MSD), estão na vanguarda de uma descoberta científica que poderia mudar o tratamento do câncer de pele melanoma. Eles desenvolveram uma vacina de RNA mensageiro (mRNA) que é personalizada para o perfil genético de cada paciente, visando ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas.

Como funciona o processo

O processo começa com a retirada cirúrgica do tumor do paciente, seguida pela análise genética para diferenciar células cancerígenas de células saudáveis. Essa informação é utilizada para criar uma vacina que incite uma resposta imune direcionada, atacando apenas as células malignas. A pesquisa alcançou a fase 3, indicando que já passou por extensos testes de segurança e eficácia preliminares, incluindo estudos com animais e os primeiros estágios de testes em humanos. Esta fase é fundamental para avaliar a eficácia da vacina em uma população maior e mais diversificada antes de ser considerada para aprovação regulatória e uso clínico.

Custos elevados

O custo das doses da vacina pode ser elevado devido à natureza personalizada da produção. No entanto, os benefícios potenciais, incluindo a possibilidade de aplicar esta tecnologia a outros tipos de câncer, como câncer renal e pulmonar, podem justificar o investimento.

Ensaios expandidos

Além dos ensaios clínicos no Reino Unido, que estão sendo expandidos para incluir uma variedade de clínicas em cidades como Londres, Manchester, Edimburgo e Leeds, há planos para internacionalizar o estudo, recrutando pacientes de outros países, inclusive do Brasil.

Primeiro paciente

Steve Young, um músico britânico de 52 anos, foi a primeira pessoa a tomar a nova vacina. Ele teve um melanoma removido do couro cabeludo em agosto do ano passado. Ao tomar a dose, ele comemorou a chance de enfim superar o câncer: “Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. É claro que não me senti tão sortudo quando recebi o diagnóstico de câncer de pele; na verdade, foi um grande choque, mas agora que fiz tratamento, estou ansioso para garantir que não volte a ocorrer. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer”, disse Young.

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