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Transplante entre irmãs: menina de 2 anos salva irmã de leucemia

Transplante de medula de irmã de 2 anos cura leucemia de menina de 6 anos.
Transplante entre irmãs: menina de 2 anos salva irmã de leucemia

A luta de Ruby Leaning, de 10 anos, contra a leucemia linfoblástica aguda começou aos 6 anos, após desmaiar no pátio de sua escola em Grimsby, Inglaterra. Diagnósticos médicos confirmaram a doença severa, mas a família encontrou esperança na menor das filhas, Mabel, de apenas 2 anos, que se mostrou compatível para doação de medula óssea.

“Não esperávamos que ela fosse compatível, mas felizmente era. Mal podíamos acreditar na nossa sorte. O tratamento de Mabel a ajudou a entrar em remissão – Mabel salvou sua vida com certeza”, relatou Amanda Fawcett, avó das meninas, em uma entrevista.

Após o transplante, a saúde de Ruby melhorou, permitindo que ela retomasse uma vida normal, com atividades que adora como nadar, dançar e tocar piano. Hoje, ela só faz check-ups anuais e teve a medicação reduzida.

Durante o tratamento, a família contou com o apoio da Associação de Pais de Crianças com Tumores e Leucemia (PACT), que foi fundamental devido às restrições da pandemia da Covid-19 que impediam a presença física dos familiares. Amanda expressou sua gratidão pelo suporte: “Eles apoiaram minha filha quando eu não pude estar por causa da pandemia”.

A leucemia linfoblástica aguda é o tipo mais comum de câncer na infância e ataca a produção de glóbulos brancos na medula óssea, conforme explica Cecília Costa, líder do Centro de Referência de Tumores Pediátricos do A.C. Camargo Cancer Center em São Paulo. “Numa fase inicial, os sintomas são inespecíficos, como febre e falta de apetite, o que pode confundir o diagnóstico inicial.”

Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), o tratamento é longo e agressivo, mas as chances de cura variam de 80% a 90%. “A LLA é rara, com menos de 9 mil casos esperados por ano, mas tem uma evolução muito melhor em crianças do que em adultos”, afirma Vicente Odone, diretor do ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil.

A história de Ruby e Mabel destaca a importância da compatibilidade entre irmãos para a doação de medula óssea. A família agora busca arrecadar fundos e aumentar a conscientização sobre a doação de medula através de campanhas e eventos para apoiar a PACT e outras famílias que enfrentam desafios semelhantes.

A avó das meninas brincou sobre o futuro das irmãs: “Tenho certeza de que Mabel fará Ruby ‘pagar’ quando for mais velha. Ela vai pedir os sapatos de Ruby emprestados. Será divertido”.

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