No cenário atual de mudanças climáticas, a produção de cimento tem sido um dos grandes vilões, sendo responsável por cerca de 8% das emissões globais de dióxido de carbono. Contudo, uma inovação da Califórnia promete transformar essa realidade. A startup Fortera desenvolveu uma nova tecnologia de cimento sustentável que não apenas consome menos energia, mas também emite uma quantidade menor de carbono.
Inovação tecnológica da Fortera
O processo convencional de produção de cimento envolve o aquecimento de calcário a temperaturas superiores a 1.400 °C, um processo que libera grandes quantidades de dióxido de carbono. Em contrapartida, a tecnologia da Fortera opera em temperaturas em torno de 1.000 °C. Este método inovador captura o CO2 emitido e o transforma em uma substância sólida que, quando misturada com óxido de cálcio, resulta em um composto similar ao cimento tradicional.
Benefícios e aplicabilidade da nova tecnologia
Esta abordagem não apenas reduz as emissões de carbono em cerca de 10%, como também permite a produção de um concreto mais sustentável. A Fortera chama esse novo material de ReAct, que pode compor até 15% do concreto, conforme os padrões industriais que garantem a resistência e durabilidade do produto.
Testes e adoção da indústria
Além dos benefícios ambientais, a tecnologia da Fortera destaca-se por sua aplicabilidade. Ela pode ser integrada às infraestruturas existentes das fábricas de cimento, permitindo uma transição suave para métodos mais sustentáveis sem necessidade de grandes alterações estruturais. A CalPortland, uma das principais fábricas de cimento dos EUA, já está testando essa nova tecnologia.
Apoio legislativo e futuro da indústria
O estado da Califórnia também apoia essa iniciativa, tendo estabelecido metas legais para reduzir as emissões da indústria de cimento em 40% até 2035. Com essa nova tecnologia, a Fortera não só contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também oferece uma solução economicamente viável para o desafio global das mudanças climáticas.