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Artes rupestres e pegadas de dinossauros são encontradas em PB

Pesquisadores revelam conexão entre arte rupestre e pegadas de dinossauros na Paraíba, datando até 145 milhões de anos.
Artes rupestres

A recente descoberta arqueológica na Paraíba de artes rupestres e pegadas de dinossauros abre um novo capítulo na compreensão da interação humana com o mundo natural há milhões de anos. No Sítio Serrote do Letreiro, em Sousa (PB), pesquisadores encontraram evidências dessa conexão cultural e histórica com os gigantes que viveram a 145 milhões de anos atrás.

Interação cultural milenar

A pesquisa publicada na Nature desvenda a intencionalidade das pinturas rupestres pré-coloniais, posicionadas propositalmente ao redor de pegadas de dinossauros. Esse ato não apenas preserva a integridade das marcas deixadas por terópodes, saurópodes e iguanodontianos no Cretáceo Inferior, mas também expressa uma reverência e curiosidade antiga pelas criaturas pré-históricas.

Arte rupestre com referências a dinossauros

A pesquisa revela uma ligação entre humanos e dinossauros através da arte rupestre, com 22 símbolos identificados em um único conjunto rochoso, associados diretamente às pegadas. Tais petróglifos, junto com esculturas e possíveis marcas deixadas por dinossauros, sugerem uma profunda apreciação e compreensão dos nossos antepassados sobre a fauna que habitou a Terra milhões de anos antes deles.

“É inquestionável que os gravadores reconheceram as pegadas e executaram intencionalmente os petróglifos ao seu redor, estabelecendo ligação simbólica entre a expressão gráfica humana e o registo fóssil” diz a pesquisa publicada na Nature.

Significado e conservação

O estudo estima que as artes rupestres foram criadas por povos indígenas há até nove mil anos, refletindo uma diversidade de estilos e autores. Essa descoberta não só destaca a riqueza arqueológica do município de Sousa, famoso por suas pegadas de dinossauros e pelo turismo voltado ao “Vale dos Dinossauros“, mas também reforça a necessidade urgente de preservação desses registros para futuras gerações.

Os autores do estudo enfatizam a importância de proteger esses sítios não apenas como patrimônios científicos, mas também como parte integral da identidade cultural do Brasil pré-colonial. A arte rupestre e as pegadas de dinossauros na Paraíba são evidências inestimáveis da intersecção entre a história natural e a atividade humana, oferecendo insights preciosos sobre a visão de mundo dos nossos ancestrais e a biodiversidade do passado.

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