O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez uma descoberta significativa na região do Jalapão, no leste de Tocantins, ao identificar 16 novos sítios arqueológicos repletos de pinturas rupestres datadas de mais de dois mil anos. Esses achados fornecem uma janela para o passado pré-colonial e a rica história cultural da área.
Um mosaico de artes milenares
As pinturas rupestres encontradas exibem uma variedade de imagens, incluindo pegadas humanas e de animais, como veados e porcos do mato, além de representações que sugerem corpos celestes. Rômulo Macedo, arqueólogo do Iphan, comenta sobre a importância dessas obras. “Entre os símbolos gravados e pintados nas rochas, destacam-se pegadas humanas, pegadas de animais como veados e porcos do mato, e figuras que lembram corpos celestes”
Contudo, essas preciosas manifestações artísticas enfrentam ameaças de erosão, vandalismo, incêndios e desmatamento. Diante desses desafios, o Iphan planeja ações de Educação Patrimonial junto às comunidades locais para salvaguardar esse patrimônio inestimável.
O Jalapão e seu legado arqueológico
O Tocantins, com seu vasto número de sítios arqueológicos, é um território de grande importância para o estudo e compreensão da ocupação humana no Brasil pré-colonial. A região do Jalapão, em particular, é um complexo arqueológico que narra histórias de 12 mil anos de presença humana, desde as primeiras comunidades até o contato com os europeus.
Valorizando a história milenar do Tocantins
A recente descoberta no Jalapão destaca não apenas a riqueza cultural e histórica da região, mas também a necessidade urgente de proteger esse legado para as gerações futuras. Enquanto o Iphan e outros atores se mobilizam para a preservação desse patrimônio, as comunidades locais e visitantes são convidados a reconhecer e valorizar o profundo significado dessas expressões artísticas ancestrais.