A descoberta da borboleta 88 em Dois Irmãos é um lembrete da natureza e da necessidade de proteger nossos ambientes naturais para as futuras gerações. Esta espécie, a Diaethria clymena, é conhecida por suas asas distintas. O padrão, como o nome diz, se assemelha ao número 88, oferecendo um exemplo claro de camuflagem e defesa na natureza.
Encontrada principalmente na Mata Atlântica e no Cerrado, e também na região Amazônica, a borboleta 88 é comum em locais mais abertos e iluminados. Além disso, ela também prefere voar durante as horas mais quentes do dia. A sua alimentação baseia-se principalmente em frutos em decomposição, enquanto as lagartas vivem em plantas de pau-pólvora. A presença de borboletas é crucial para a polinização, sendo essencial para a reprodução de muitas espécies de plantas.
A descoberta em uma área urbana como Dois Irmãos sugere uma adaptação ao encolhimento dos biomas devido à ação humana, a resiliência e a capacidade de adaptação destes seres. A envergadura média de 6 cm da borboleta 88, juntamente com sua preferência por locais iluminados, sublinha a importância da preservação dos biomas naturais, não apenas para a conservação da espécie, mas também para o equilíbrio ecológico geral.
Espécie é rara, mas não corre risco de extinção
Em entrevista ao G1, a moradora de Dois Irmãos, Rosilei Carvalho disse que “Nunca tinha visto uma borboleta parecida”, destacando a beleza e a perfeição do desenho natural que parece ter sido feito à mão.
Já o biólogo Aluizio Verdinho, comentou que “O desenho de suas asas é uma camuflagem, aparentando algum animal ou um predador. Normalmente essas ‘pinturas’ se assemelham a olhos. Para um possível predador delas, pode colocar em dúvida se é a presa ou não”.
Avistar a borboleta 88 é um evento notável que oferece insights valiosos sobre a biodiversidade e as estratégias de sobrevivência na natureza.