Fernando de Noronha iniciou, em novembro, a implantação da Usina Solar Noronha Verde, projeto que marca um salto na transição energética do arquipélago. Além disso, a iniciativa reúne esforços do Governo Federal e de Pernambuco e busca descarbonizar toda a geração elétrica da ilha até o primeiro semestre de 2027, o que reforça um horizonte mais estável para a vida local.
No início da obra, o Arquipélago de Fernando de Noronha recebeu o anúncio do investimento de R$ 350 milhões, divulgado pela Neoenergia. Além disso, o projeto instalará mais de 30 mil painéis solares integrados a sistemas modernos de baterias, que armazenam energia e entregam regularidade no fornecimento. Como a implantação seguirá duas etapas, a primeira deve operar até maio de 2026, enquanto a segunda avançará até o primeiro semestre de 2027.
Energia gerada por diesel
Atualmente, a Usina Tubarão produz a energia consumida em Fernando de Noronha com diesel, combustível que ainda responde por 95% da demanda local. Além disso, as três pequenas usinas solares da ilha completam os 5% restantes. Quando a transição for concluída, Tubarão continuará funcionando apenas como backup em eventuais necessidades.
Como a logística envolve longas distâncias, cerca de 200 mil litros de diesel chegam periodicamente por navios vindos de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Além disso, a usina utiliza aproximadamente 30 mil litros por dia para manter o abastecimento energético. Segundo a empresa, em 2024 a operação da Usina Tubarão liberou 21 toneladas de CO².
Fernando de Noronha e o salto energético
A nova estrutura alcançará 22 MWp de geração e 49 MWh de armazenamento, volume que equivale ao consumo médio de 9 mil residências do continente. Além disso, o licenciamento da CPRH, apoiado pelo ICMBio, confirma que o avanço segue parâmetros ambientais adequados para a região. Com esse reforço, Fernando de Noronha reduz a dependência do biodiesel utilizado na Usina Tubarão, diminui custos operacionais e fortalece a proteção ambiental.
No centro da mudança, Noronha tende a diminuir encargos repassados à Conta de Desenvolvimento Energético, já que o modelo atual ainda depende dos subsídios da CCC. Além disso, esse alívio beneficia moradores e visitantes, que convivem há anos com limitações estruturais. Como consequência, a experiência na ilha se torna mais confortável e alinhada ao futuro sustentável, ampliando o papel de Fernando de Noronha como referência em inovação e cuidado ambiental.
