Categoria Sustentabilidade

Construção de casas sustentáveis com tijolos de açaí é alternativa para reduzir CO2

Pará inicia construção de 45 casas com tijolo de açaí, reduz CO₂, integra o MCMV e fortalece soluções sustentáveis adaptadas às comunidades ribeirinhas.

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A adoção do tijolo de açaí marcou um avanço na construção sustentável no Pará após o início das obras de 45 moradias nas ilhas de Belém, no Pará. A Cohab confirmou que mais de 150 mil unidades do material solo-cimento, sem queima, devem reduzir 28 toneladas de CO₂. O recurso também agiliza etapas da obra e amplia a economia de insumos. Como alternativa direta, o tijolo ecológico de açaí segue alinhado à realidade amazônica e fortalece escolhas compatíveis com a região.

Logo no começo das obras, o tijolo sustentável de açaí mostrou capacidade de diminuir em 30% o tempo de construção. Ele também gera economia de até 40% nos recursos utilizados. Além disso, reduz o consumo de água em 90%, de cimento em 80% e de ferro em 50%. Esses fatores apoiam técnicas adequadas a palafitas e moradias ribeirinhas. A escolha reforça o impacto ambiental positivo ao eliminar madeira e reduzir resíduos sólidos.

Apoio

Tijolo de açaí e moradia integrada ao MCMV

A iniciativa está conectada ao Minha Casa, Minha Vida e utiliza a Unidade Habitacional Sustentável, com 18 m². Ela funciona como suíte adicional para famílias locais. O economista Cassiano Figueiredo Ribeiro explicou que “a proposta vai além da moradia, ao buscar estimular o turismo de vivência ecológica e de base comunitária”. Essa visão une dignidade habitacional e preservação ambiental, enquanto amplia oportunidades de renda e mantém a lógica construtiva tradicional da Amazônia, onde o tijolo de açaí fortalece soluções regionais.

Soluções verdes além do tijolo amazônico

As casas receberam telhas sustentáveis feitas de materiais reciclados e isolamento térmico e acústico. Também ganharam biodigestores que transformam resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante. Essa combinação reforça uma leitura otimista sobre a Amazônia, onde tecnologias limpas ampliam autonomia e reduzem alagamentos. Assim, o conjunto estrutural ajuda a diminuir assoreamentos e cria ambientes mais seguros, ampliando o alcance social do projeto e consolidando o papel do tijolo de açaí como ferramenta de adaptação climática.