Em 2024, o Brasil teve a maior redução no desmatamento em mais de uma década, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do MapBiomas. A queda do desmatamento no Brasil foi de 32,4% em relação a 2023. Esse resultado expressivo é fruto da combinação entre políticas públicas, avanços tecnológicos e maior vigilância ambiental. Além disso, pela primeira vez desde 2019, cinco biomas apresentaram queda. Enquanto isso, a Mata Atlântica manteve estabilidade, mesmo após eventos climáticos extremos no Sul do país.
Governança verde impulsiona a queda do desmatamento no Brasil
O relatório do MapBiomas, lançado em 15 de maio de 2025, mostra que a governança ambiental se tornou mais integrada. O INPE aprimorou os sistemas de detecção via satélite, o que ampliou a capacidade de resposta a alertas de desmatamento. Ao mesmo tempo, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reforçou a fiscalização em Unidades de Conservação. Dessa forma, o desmatamento dentro dessas áreas caiu 42,5%. Como resultado, o Brasil consolida uma nova etapa de governança ambiental baseada em dados, prevenção e cooperação entre órgãos públicos.
Biomas em recuperação revelam impacto da queda do desmatamento no Brasil
Os números comprovam que a queda do desmatamento no Brasil é ampla e consistente. O Pantanal apresentou a maior redução proporcional (-58,6%), seguido pelo Pampa (-42,1%), Cerrado (-41,2%), Amazônia (-16,8%) e Caatinga (-13,4%). Por outro lado, o Cerrado segue como o bioma mais afetado, com 652 mil hectares desmatados, embora o ritmo de perda tenha diminuído de forma acentuada. Além disso, produtores rurais e comunidades locais vêm adotando práticas sustentáveis que ajudam a regenerar o solo. Assim, a bioeconomia e o crédito de carbono começam a gerar novas fontes de renda no interior do país.
Terras Indígenas e UCs ajudam a manter a queda do desmatamento no Brasil
Outro destaque positivo do relatório são as Terras Indígenas e Unidades de Conservação (UCs). Dois terços das TIs não registraram perda de vegetação nativa em 2024. Já as UCs tiveram queda superior a 42%. Entre elas, a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu (PA) segue como a mais impactada, mas com redução de 31% em relação ao ano anterior. Esses avanços demonstram que, quando a gestão territorial é compartilhada, os resultados se tornam mais duradouros. Além disso, reforçam o papel das populações tradicionais como guardiãs da floresta e aliadas na proteção da biodiversidade.
Futuro sustentável que inspira o mundo
Os dados de 2024 indicam que a queda do desmatamento no Brasil simboliza uma mudança estrutural na relação entre desenvolvimento e natureza. Portanto, o país avança para cumprir suas metas climáticas internacionais e se consolida como referência global em sustentabilidade. Caso o ritmo atual seja mantido, até 2030 o Brasil poderá alcançar o menor índice de desmatamento das últimas quatro décadas. Nesse cenário, a floresta volta a crescer onde antes havia perda — e esperança e regeneração se transformam em políticas concretas.
