Em Arequipa, no sul do Peru, um menino de apenas sete anos decidiu enfrentar dois dos maiores desafios de sua comunidade: o desperdício e a pobreza infantil. José Adolfo Quisocala Condori criou o Banco Cooperativo del Estudiante Bartselana, uma instituição administrada por crianças e voltada para crianças. O sistema é simples e engenhoso, mas de enorme impacto: cada aluno deposita resíduos recicláveis — papel, vidro e plásticos — e recebe o valor correspondente em uma conta de poupança. Assim, o que antes era lixo ganha novo valor e propósito. Essa iniciativa tornou-se símbolo de uma nova etapa da reciclagem no Peru, inspirando escolas e empresas a seguir o exemplo.
Crianças aprendem e transformam o meio ambiente
Desde o início, José percebeu que muitos colegas deixavam os estudos para trabalhar, sem acesso a noções básicas de economia. Ele quis mostrar que era possível construir um futuro mais seguro com o que se tem à mão. O banco funciona em parceria com cooperativas de reciclagem, que compram os materiais coletados e depositam o valor diretamente nas contas das crianças. O dinheiro só pode ser usado para fins educativos, como livros e material escolar. Desse modo, a reciclagem no Peru se transforma em ferramenta de inclusão e aprendizado, ajudando a romper o ciclo da pobreza. Segundo o portal GreenMe, mais de duas mil crianças já participam do projeto.
Reconhecimento global da reciclagem no Peru
O sucesso da iniciativa levou José Adolfo a receber, em 2018, o Children’s Climate Prize, em Estocolmo, prêmio concedido a jovens que criam soluções sustentáveis para o planeta. Organizações como UNICEF e ONU também destacaram o impacto do projeto, apontando-o como modelo de educação ambiental aplicada. Hoje, o jovem mantém oficinas em comunidades rurais e ensina que a reciclagem pode gerar renda, aprendizado e orgulho. Sua história reforça a importância da reciclagem no Peru como caminho para um desenvolvimento mais justo e ecológico.
Esperança que contagia
A trajetória de José Adolfo mostra como o conhecimento e a ação comunitária podem transformar realidades. Seu banco, que nasceu de uma ideia escolar, evoluiu para um projeto de cidadania ativa. Com o apoio de professores, pais e empresas, o modelo cresce e inspira novos empreendedores sociais. Cada criança envolvida aprende que reciclar não é apenas cuidar do ambiente, mas também cuidar de si mesma e do próprio futuro. A reciclagem no Peru, portanto, deixa de ser um desafio e passa a ser uma oportunidade coletiva.
A nova geração da reciclagem no Peru
Hoje, José planeja levar o projeto a outros países da América Latina, criando uma rede de bancos estudantis voltados à sustentabilidade e à educação financeira. A proposta une meio ambiente, solidariedade e aprendizado, provando que o desenvolvimento pode nascer do cuidado com o planeta. A história do jovem banqueiro de Arequipa simboliza a força transformadora da reciclagem no Peru, que cresce não apenas nas ruas, mas também nas salas de aula e na consciência das novas gerações.