Categoria Sustentabilidade

Mapeamento da agroecologia aponta saídas climáticas no Brasil

O mapeamento da agroecologia, coordenado pela ANA, analisou 503 experiências em 307 municípios e revela perdas na produção e saídas concretas: solo vivo, diversificação, plantio de árvores, compostagem e cuidado da água, com apelo a políticas justas.

O mapeamento da agroecologia, realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), analisou 503 experiências em 307 municípios entre abril e junho de 2025. O estudo mostra perdas graves na produção, mas também revela práticas já aplicadas que fortalecem o enfrentamento climático. Além disso, aponta caminhos que podem orientar políticas públicas e investimentos sustentáveis no país.

mapeamento da agroecologia: perdas e impactos

Os resultados do mapeamento da agroecologia confirmam que as mudanças climáticas afetam diretamente a mesa da população. 56,3% das experiências relataram redução da produção e 48,1% apontaram perda de alimentos. Além disso, 66% afirmaram que os efeitos ficaram mais visíveis nos últimos dez anos. Nesse cenário, emergem ainda sinais de alteração ambiental.

  • 73,4% relataram aumento da temperatura.
  • 70,8% perceberam mudança no regime de chuvas.
  • 36,2% notaram perda de espécies vegetais nativas.

    Esses dados, somados às menções a doenças e sofrimento psicológico, reforçam a urgência de respostas coletivas e políticas mais consistentes.

Práticas que fortalecem territórios

Por outro lado, as experiências demonstram soluções práticas e replicáveis. Entre elas destacam-se o manejo e conservação do solo (70,7%), a diversificação produtiva (63%) e o plantio de árvores (56,9%). Além disso, surgem práticas como a compostagem (52,7%), o cuidado da água (42%) e o tratamento ecológico de esgoto (26,2%). Esses exemplos combinam adaptação, mitigação e promoção da saúde ambiental.