Durante a COP30, em Belém, o Brasil apresentou um novo caminho para unir economia e natureza: o fundo ambiental global. A proposta transforma as florestas tropicais em ativos de valor, ao remunerar países que comprovam a preservação de suas áreas naturais. Assim, o planeta começa a reconhecer que conservar pode ser também um bom negócio.
O Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) estabelece o pagamento de US$ 4 por hectare protegido, conforme dados verificados por satélite. Pelo menos 20% dos recursos devem beneficiar diretamente comunidades indígenas e tradicionais. Além disso, o mecanismo pretende captar US$ 25 bilhões em sua fase inicial e mobilizar até US$ 125 bilhões com apoio de investidores privados. Dessa forma, o projeto inaugura um modelo de cooperação global que alia desempenho ambiental e retorno econômico.
Fundo ambiental global e inovação financeira
O fundo ambiental global propõe uma ruptura no modo de financiar a conservação. Antes dependentes de doações, agora as florestas passam a gerar receita comprovável. Cada hectare preservado representa um ativo que vale no mercado, o que estimula práticas sustentáveis. Portanto, o fundo cria incentivos econômicos para que governos e comunidades mantenham suas áreas florestais em pé.
O Brasil lidera o projeto com um aporte inicial de US$ 1 bilhão, enquanto países como Noruega e França já confirmaram investimentos adicionais. Com isso, os recursos iniciais ultrapassam US$ 5 bilhões. Por outro lado, o programa veta qualquer aplicação em combustíveis fósseis e prioriza projetos verdes, reforçando seu compromisso ambiental e ético.
O papel do fundo ambiental global no futuro
Ao operar com critérios claros e verificação digital, o fundo ambiental global garante transparência e credibilidade. Além disso, fortalece políticas públicas e incentiva a criação de empregos sustentáveis nas regiões tropicais. Países como Indonésia, Gana e República Democrática do Congo também participam do pacto, ampliando o alcance da cooperação internacional.
Uma nova era para a economia verde
Com o fundo ambiental global, a natureza passa a ter valor mensurável e protegido. Desse modo, florestas antes ameaçadas tornam-se fonte legítima de renda, inovação e dignidade. O modelo, lançado na COP30, aponta para um futuro em que preservar é sinônimo de prosperar — e em que o capital financeiro e o capital natural finalmente caminham lado a lado.