Pela primeira vez na história registrada, a energia limpa supera o carvão na geração mundial de eletricidade. O relatório Global Electricity Review 2025, publicado pelo think tank climático Ember, revela que as fontes solar e eólica produziram 5.072 terawatts-hora no primeiro semestre deste ano, ultrapassando os 4.896 TWh gerados pelo carvão. Assim, o dado consolida um marco histórico e anuncia o início de uma nova etapa da transição energética global — um movimento que alia progresso econômico e compromisso ambiental.
O avanço da energia limpa impulsionado por inovação e políticas públicas
De acordo com o estudo da Ember, o crescimento foi sustentado por uma expansão recorde da energia solar, que aumentou 31%, enquanto a eólica avançou 7,7%. Dessa forma, o aumento na produção não apenas atendeu à demanda crescente de eletricidade, mas também reduziu o uso de carvão e gás em diversas regiões. A China, por exemplo, lidera essa transformação, respondendo por mais da metade da nova capacidade solar instalada. Logo depois vêm Estados Unidos, União Europeia, Índia e Brasil, que também fortalecem políticas de incentivo, inovação e financiamento à energia limpa.
Impacto global e o novo papel das renováveis
Além dos números, o relatório indica que as fontes renováveis já representam 34,3% da eletricidade mundial, superando os 33,1% do carvão. Assim, especialistas enxergam o resultado como uma mudança estrutural e duradoura, e não como um simples desvio estatístico. Para Fatih Birol, diretor da Agência Internacional de Energia (IEA), os sistemas fotovoltaicos devem dominar o crescimento energético até 2030. Já o Global Solar Council reforça a importância desse marco: “Solar e vento não são mais marginais — estão impulsionando o sistema energético global.” Essa expansão também favorece a criação de empregos verdes e fortalece a autonomia energética de países emergentes.
Como manter o avanço da energia limpa que supera o carvão
Entretanto, mesmo com o avanço expressivo, a transição ainda é desigual. Países da Europa e os Estados Unidos, por exemplo, precisaram aumentar temporariamente o uso do carvão para compensar quedas na geração eólica e hidrelétrica. Ainda assim, especialistas defendem que a solução está em ampliar os investimentos em armazenamento de energia, modernizar as redes de transmissão e garantir estabilidade regulatória. No Brasil, a tendência é animadora: o país tem se destacado com projetos de geração distribuída e novos leilões de energia renovável que fortalecem o cenário regional e inspiram outras nações.
Um planeta em transformação com energia limpa que supera o carvão
Com a confirmação de que a energia limpa supera o carvão, o mundo entra em uma fase de otimismo tecnológico e ambiental. Conforme o relatório da Ember, até 2030 as fontes renováveis poderão mais que dobrar sua participação, consolidando o caminho para uma economia de baixo carbono. Esse feito de 2025 representa muito mais que uma estatística energética: é um retrato de esperança, inovação e equilíbrio entre desenvolvimento e natureza — um lembrete poderoso de que o futuro sustentável já começou.