Categoria Saúde

Ciência da UnB explora Veneno de marimbondo para o Alzheimer com avanços animadores

Cientistas da UnB avançam em compostos extraídos do veneno de marimbondo que mostram efeitos promissores contra etapas iniciais do Alzheimer, unindo biologia, física e inovação científica.

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Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) avançam, segundo a Superinteressante, em uma linha inovadora que estuda o veneno de marimbondo para o Alzheimer. O grupo testa compostos extraídos das toxinas e observa resultados que reduzem alterações iniciais da doença, abrindo perspectivas inspiradoras. Embora a jornada seja longa, o entusiasmo dos cientistas sustenta o ritmo da investigação.

A descoberta começou quando Márcia Mortari, da UnB, notou como a picada das vespas paralisa pequenos insetos. Assim nasceu a busca por compostos ativos no sistema nervoso, incluindo a occidentalina-1202 e sua derivada neurovespina. Com o tempo, a equipe criou a octovespina, um peptídeo que interfere na formação da beta-amiloide, proteína associada aos primeiros estágios do Alzheimer. Em testes com camundongos, o veneno de marimbondo também reduziu sintomas cognitivos já instalados do Alzheimer.

Apoio

Veneno de marimbondo para o Alzheimer em estudos computacionais

Enquanto as análises de bancada seguem em Brasília, o Instituto de Física da UnB realiza simulações computacionais que utilizam mecânica quântica e modelos clássicos. O objetivo é prever interações entre moléculas cerebrais e os compostos testados. Para isso, o grupo aluga capacidade de supercomputadores no Brasil e nos EUA. Segundo os pesquisadores, as simulações indicam que a octovespina consegue desfazer aglomerados existentes de beta-amiloide, algo raro nas pesquisas atuais.

A colaboração entre laboratórios de Biologia, Psicologia e Física gera uma sinergia celebrada pela equipe. “Trabalhar vendo teoria e prática lado a lado é muito gratificante”, afirma o pós-doutorando Yuri Só. Esse alinhamento fortalece a investigação, apoiada por FAPDF e CNPq, e cria um ambiente que valoriza curiosidade, alegria e estudo contínuo.

Caminhos futuros e uma nova esperança

Os próximos passos incluem novas modificações dos peptídeos, testes pré-clínicos mais amplos e análises de segurança. Essa trilha científica ainda deve durar ao menos uma década, como aponta Luana Camargo, mas o otimismo permanece firme. À medida que a ciência brasileira amplia o entendimento das proteínas tóxicas, reforça também a crença de que conhecimento dedicado pode transformar futuros tratamentos.