A aprovação da vacina da dengue do Butantan abriu espaço para um novo fôlego no combate à doença. Logo após a decisão da Anvisa, o Instituto confirmou mais de 1 milhão de doses prontas para o SUS, o que reacendeu a expectativa de comunidades afetadas por surtos frequentes. Em entrevista ao Brasil de Fato, a diretora Rosilane de Aquino explicou que a equipe comemorou a decisão desde novembro, já que o projeto atravessou um longo percurso científico.
A engrenagem que sustenta a Vacina da Dengue do Butantan
Desde abril de 2025, a fábrica dedicada ao imunizante funciona sem interrupções, e isso garante ritmo constante aos lotes produzidos. No Centro Bioindustrial, mais de 200 profissionais conduzem etapas sucessivas — cultivo de células, produção do IFA, formulação, envase e liofilização. Cada fase exige precisão, e o ciclo completo leva cerca de dois meses. Além desse trabalho interno, o imunizante carrega 15 anos de pesquisa e o maior estudo clínico do tipo no país, com mais de 16 mil voluntários, o que reforça a segurança apresentada.
Apoio
Para ampliar o alcance da Vacina da Dengue do Butantan, o Instituto firmou uma parceria estratégica com a WuXi Vaccines, na China. Com isso, a tecnologia brasileira passa a ser replicada em outra planta internacional, preservando qualidade e identidade de produção. A iniciativa fortalece a presença da ciência nacional e, consequentemente, aumenta a oferta global de doses para atender futuras demandas.
A próxima etapa da Vacina da Dengue do Butantan no SUS
O Ministério da Saúde já iniciou conversas com o Programa Nacional de Imunizações. Assim que os contratos forem concluídos, a pasta pretende incluir a vacina da dengue do Butantan no calendário público. Rosilane também explicou que o Instituto produziu parte dos lotes “sob risco”, justamente para acelerar a distribuição quando a aprovação chegasse. Dessa forma, o país reduz o intervalo entre a liberação regulatória e a entrega final.
Horizontes positivos
A chegada da Vacina da Dengue do Butantan ao SUS marca uma virada na proteção coletiva. Como o processo de produção já opera em plena capacidade e a parceria internacional está consolidada, a tendência é que o abastecimento ganhe escala nos próximos meses. Essa combinação entre tecnologia nacional, dedicação das equipes e expansão global cria uma base sólida para diminuir internações e aliviar a rede pública. A ciência brasileira escreve um capítulo que aproxima o país de um futuro mais seguro — um futuro em que a prevenção finalmente chega antes da ameaça da dengue.
