Categoria Saúde

Descoberta amplia esperança no tratamento para depressão resistente

Estudo identifica biomarcador cerebral que prevê quem responderá melhor à estimulação profunda, abrindo novas possibilidades no tratamento para depressão resistente.

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O tratamento para depressão ganhou uma nova perspectiva após um estudo do Hospital Ruijin em Xangai, China. A pesquisa mostrou que padrões elétricos no cérebro podem antecipar quem responderá melhor à estimulação cerebral profunda. Ao longo do ano de acompanhamento, essa técnica ofereceu melhora para metade dos participantes e remissão para 35%. Por isso, o resultado representa um avanço importante para quem já havia tentado diferentes terapias sem sucesso dentro do próprio tratamento para depressão.

Desde o início, a equipe direcionou a estimulação para duas regiões ligadas ao humor e ao estresse: o BNST, associado à ansiedade, e o núcleo accumbens, relacionado ao prazer e à motivação. Além disso, a técnica utilizou eletrodos implantados para modular circuitos alterados na depressão resistente. Essa abordagem reforça caminhos que integram o tratamento para depressão a novas possibilidades de neuromodulação. Durante as medições, oscilações entre 4 e 8 Hertz na frequência teta mostraram relação direta com a melhora diária do humor, o que ampliou o entendimento dos pesquisadores.

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Tratamento para depressão e as novas possibilidades

Ao longo do acompanhamento, os cientistas observaram que pessoas com menor atividade teta no BNST antes da cirurgia respondiam melhor ao estímulo. Nesse sentido, essa leitura sugeriu um biomarcador útil para orientar o tratamento para depressão. O marcador pode indicar quando a estimulação profunda tende a gerar resultados mais sólidos.

Para a pesquisadora Valerie Voon, “o achado nos forneceu um marcador objetivo, possível e muito necessário, para indicar quais pacientes responderão melhor ao tratamento”.

Assim, a avaliação reforça como o estudo abre portas para quem convive com sintomas persistentes e busca um tratamento para depressão mais assertivo.

A estimulação cerebral profunda também ampliou o debate sobre neuromodulação. A técnica mostrou como ansiedade, estresse, humor e recompensa podem ser ajustados por impulsos elétricos. Além disso, com o avanço das pesquisas, especialistas discutem sistemas em “circuito fechado” capazes de adaptar o estímulo conforme mudanças emocionais. Dessa forma, o estudo fortalece perspectivas para um tratamento para depressão personalizado.

Caminhos futuros e medicina personalizada

A perspectiva dessa abordagem envolve uma psiquiatria guiada por exames como EEG, ressonância e testes neuropsicológicos. Se confirmada em estudos maiores, essa estratégia pode fortalecer a medicina de precisão e inspirar alternativas dentro do tratamento para depressão, inclusive para quem vive estágios persistentes da doença. Portanto, o avanço pode ampliar rotas terapêuticas em longo prazo.

Ao iluminar os circuitos da tristeza profunda, a ciência mostra que entender o cérebro com mais clareza pode abrir espaço para terapias mais humanas. Assim, surgem caminhos que ajudam pessoas a recuperar sua força íntima para seguir adiante.uperar sua força íntima para seguir adiante.