O siso não nasce em uma parcela crescente da população, e isso intriga muitos adultos que chegam à vida madura sem sinais dos terceiros molares. Como esses dentes são os últimos da arcada a se desenvolver, o siso pode surgir tardiamente, ficar preso no osso ou simplesmente não existir. Além disso, essa diversidade ocorre porque fatores como genética, evolução humana e espaço disponível na mandíbula influenciam se o siso não nasce ou consegue chegar à boca.
Logo nos primeiros esclarecimentos, especialistas explicam que a ausência do dente, chamada de agenesia, aparece quando genes específicos deixam de atuar.
A dentista Heloísa Crisóstomo reforça esse cenário ao afirmar que “o siso está em processo de desaparecimento na espécie humana”.
Isso explica por que, em muitos casos, o siso ausente, é resultado natural da nossa evolução, marcada por dietas mais macias e mandíbulas menores.
Quando o siso não nasce por falta de espaço
Mesmo quando o dente se forma, não nasce por falta de espaço na arcada. Em diversos casos, o terceiro molar permanece incluso dentro do osso, situação identificada apenas por radiografia panorâmica. A redução evolutiva do tamanho da mandíbula limitou o espaço para acolher dentes extras, o que faz com que o siso ausente ou incluso no osso se torne mais comum ao longo das gerações.
O dentista Flávio Pinheiro explica que “quando o siso nasce apenas pela metade, a gengiva forma uma espécie de ‘tenda’ sobre o dente”.
Essa região acumula resíduos e favorece inflamações, algo que não ocorre quando o siso inexistente sequer se forma. Ainda assim, a posição do dente influencia a saúde bucal, já que um siso torto pode encostar na bochecha e causar desconforto durante a mastigação.
Como agir quando o siso não aparece
Quando o siso não nasce, o impacto pode ser neutro ou exigir atenção, dependendo do caso. O siso inexistente, por exemplo, não traz prejuízo funcional. Já o terceiro molar incluso precisa de avaliação quando pressiona estruturas próximas, provoca dor ou compromete o dente vizinho. Nessas situações, a extração evita complicações, enquanto o monitoramento com radiografias mantém tudo sob controle quando o dente não oferece riscos.
Num olhar ampliado, pesquisas sugerem que os terceiros molares tendem a surgir cada vez menos, indicando que o siso não nasce por razões evolutivas e biológicas. Entender esse comportamento fortalece escolhas conscientes, aproxima as pessoas de um cuidado bucal mais leve e amplia a confiança no próprio sorriso.
