A busca por soluções eficazes para ondas de calor na menopausa entrou em uma fase inovadora. Novos medicamentos passaram a atuar diretamente nas vias cerebrais ligadas à regulação térmica. Esse avanço se destacou porque, em 2023, a FDA (Administração Federal de Alimentos e Medicamentos) aprovou o fezolinetanto. A decisão abriu espaço para uma classe não hormonal que reduz sintomas intensos que atingem milhões de mulheres. Estudos também mostram respostas rápidas e consistentes para quem convive diariamente com ondas de calor no climatério, um dos incômodos mais citados por especialistas.
O fezolinetanto, criado pela Astellas, bloqueia a neurocinina 3, que perde equilíbrio quando os níveis de estrogênio caem. A ginecologista Alessandra Bedin explica que o sistema de temperatura se desregula nessa fase e fica hiperestimulado, o que intensifica as ondas de calor na menopausa. Em 2025, o elinzanetant, desenvolvido pela Bayer, recebeu aprovação da FDA. A molécula combina ação sobre neurocinina 3 e neurocinina 1 e amplia benefícios sobre o sono e o bem-estar de mulheres afetadas por ondas de calor femininas.
Ondas de calor na menopausa: estudos clínicos
Os estudos clínicos reforçaram essa evolução. Pesquisadores acompanharam mulheres com ondas de calor na menopausa e observaram melhora nos primeiros dias de uso. O fezolinetanto passou por testes com mais de três mil participantes e alcançou fortes reduções de intensidade e frequência após três meses. Os efeitos colaterais foram leves. Ainda assim, médicos recomendam monitorar enzimas hepáticas devido a um risco raro de lesão no fígado. Bedin orienta que mulheres com doenças hepáticas não utilizem o medicamento porque ele tem metabolismo elevado.
O tema ganha força porque a terapia hormonal continua como referência para quem enfrenta fogachos na menopausa, mas não serve para todas. Muitas evitam hormônios por histórico pessoal ou familiar. O estudo Climateric, de 2022, apontou que 73% das brasileiras vivem ondas de calor na menopausa. Mesmo assim, apenas 52% buscam tratamento. Entre essas mulheres, somente 22% recorrem à reposição hormonal. Isso porque, Parte interrompe o uso antes de completar um ano.
Fogachos na menopausa: novas escolhas possíveis
O fezolinetanto e o elinzanetant aguardam avaliação da Anvisa. A aprovação pode ampliar o acesso no Brasil. Esse movimento ocorre enquanto cresce o interesse por soluções seguras e alinhadas à qualidade de vida. Nesse sentido, essas alternativas fortalecem o cuidado das ondas de calor na menopausa e entregam respostas baseadas em ciência.
Perspectivas para controle térmico
Essa nova geração de medicamentos inaugura outra etapa no cuidado das ondas de calor na menopausa. Além disso, as terapias mostram que abordagens mais precisas podem aliviar sintomas intensos e abrir caminhos renovados para o bem-estar.
