Categoria Saúde

Novo tratamento contra câncer de mama reduz em 30% o risco de morte

Estudo internacional indica que um novo tratamento contra câncer de mama inicial pode reduzir o risco de recorrência e ampliar o tempo livre da doença em pacientes.

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O tratamento contra câncer de mama entrou em um novo capítulo após dados apresentados em um dos maiores congressos científicos da área, o San Antonio Breast Cancer Symposium. Nesse contexto, os resultados indicaram ganhos consistentes para pacientes em estágio inicial da doença. Além disso, um medicamento oral experimental reduziu em cerca de 30% o risco de recorrência invasiva do tumor ou morte. Com isso, a descoberta abre caminho para uma alternativa terapêutica capaz de ampliar o tempo livre da doença.

Tratamento contra câncer de mama inicial ganha nova opção

Nesse cenário, o estudo avaliou o giredestrant, desenvolvido pela farmacêutica Roche, voltado ao subtipo RE+/HER2-. Esse perfil, por sua vez, responde por aproximadamente 70% dos diagnósticos de câncer de mama. Ao todo, 4,1 mil pacientes entre os estágios I e III participaram do ensaio clínico global de fase 3, chamado lidERA Breast Cancer. Durante dois anos, metade recebeu o novo tratamento contra câncer de mama por via oral. Enquanto isso, a outra metade seguiu a terapia endócrina padrão.

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Ao longo de até cinco anos de acompanhamento, 6,7% das pacientes tratadas com o novo medicamento apresentaram recorrência invasiva ou morte. Em contrapartida, no grupo que recebeu terapias tradicionais, o índice foi de 9,4%. Além disso, a sobrevida livre de doença em três anos chegou a 92,4% com o giredestrant. Já no tratamento convencional contra câncer de mama, esse percentual foi de 89,6%.

Impacto clínico e expectativas na oncologia

Outro dado relevante, nesse sentido, foi o intervalo livre de metástases. Ele foi quase 40% maior entre as pacientes que utilizaram o novo tratamento contra câncer de mama. Embora a melhora na sobrevida global ainda não tenha atingido relevância estatística, a tendência observada, ainda assim, reforça o potencial clínico do medicamento.

Para a oncologista Gabrielle Scattolin, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, os resultados podem reposicionar o cuidado com esse subtipo da doença. Segundo ela, menos recaídas representam mais segurança no pós-tratamento. Além disso, esse avanço abre espaço para um novo padrão terapêutico após anos sem avanços expressivos nessa área do câncer de mama.

Caminhos adiante

Por fim, com perfil de segurança semelhante ao das terapias atuais, o giredestrant surge como uma promessa concreta no tratamento contra câncer de mama inicial. Os efeitos adversos mais comuns, por exemplo, foram leves e já conhecidos. Caso a aprovação regulatória se confirme, o cenário aponta para mais opções terapêuticas. Assim, para milhares de pacientes, isso pode significar mais tempo livre da doença e uma jornada oncológica menos incerta.