Hoje, no Dia Mundial da Terra, celebrado nesta segunda-feira (22), somos convidados a refletir sobre a importância da preservação ambiental e o papel fundamental que cada um de nós desempenha nesse processo.
Quando falamos em moda, essa reflexão se torna ainda mais crucial. É necessário que a moda se posicione como uma aliada na busca por práticas sustentáveis, visando não apenas a satisfação pessoal, mas também o cuidado com os recursos naturais do nosso planeta.
No Brasil, uma pesquisa realizada pela Union + Webster e divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em 2019 revelou que 87% da população prefere adquirir peças de marcas sustentáveis. Surpreendentemente, 70% dos entrevistados afirmaram estar dispostos a pagar um pouco mais por produtos que sigam padrões ambientalmente responsáveis.
Mas afinal, o que define a moda sustentável? Esse termo, cada vez mais presente em discussões e no ambiente digital, refere-se a uma abordagem responsável no design, fabricação e consumo de roupas, visando minimizar ou eliminar danos ao meio ambiente.
Central para essa abordagem é a busca por soluções que reduzam o impacto ambiental ao longo de todo o ciclo de vida das peças. Questões como a produção de resíduos têxteis e a exploração de mão de obra barata são consideradas desafios a serem enfrentados.
Vale ressaltar que, em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu sustentabilidade como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades”. Portanto, a moda sustentável não só se preocupa com os materiais utilizados, mas também com a durabilidade das peças e o impacto social de sua produção.
As práticas sustentáveis na moda remontam aos anos 60, com o movimento hippie, que defendia o meio ambiente e a comunidade, promovendo uma moda mais consciente e socialmente responsável. No entanto, foi a partir de 2010, com a crescente conscientização sobre os impactos negativos da moda rápida e excessiva, que o debate sobre moda sustentável ganhou força.
Um marco importante foi o trágico desabamento da Rana Plaza em Bangladesh, em 2013, que resultou na morte de 1.135 pessoas devido às condições precárias de trabalho. Esse evento chamou a atenção para a necessidade urgente de repensar os padrões de produção e consumo na indústria da moda.
Para compreender melhor a moda sustentável, é essencial conhecer alguns conceitos-chave:
Slow Fashion: Em contraposição ao fast fashion, o slow fashion promove um consumo mais equilibrado e consciente, incentivando a compra de peças de qualidade e durabilidade em vez de aderir a todas as tendências passageiras.
Moda Ecológica: Este conceito concentra-se em minimizar o impacto ambiental da produção e consumo de moda, utilizando matérias-primas ecologicamente corretas e adotando práticas sustentáveis em todas as etapas do processo.
Moda Vegana: A moda vegana busca utilizar materiais que não derivam de animais em suas roupas e acessórios, como couro, pele, seda e lã, priorizando alternativas éticas e sustentáveis.
Em suma, a moda sustentável não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma abordagem essencial para o futuro do nosso planeta. Ao adotarmos práticas de consumo mais conscientes e apoiarmos marcas que priorizam a sustentabilidade, estamos contribuindo para um mundo mais justo e equilibrado para as gerações futuras.
