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Tamara Klink no Ártico: coragem e propósito em uma travessia solitária que inspira o mundo

Tamara Klink no Ártico é mais que uma aventura: é uma lição de coragem e propósito. A brasileira passou oito meses sozinha no gelo, enfrentando temperaturas de –40 °C e três meses sem sol. Sua travessia solitária transformou o isolamento em descoberta e abriu novas fronteiras para mulheres na navegação e na exploração polar.

Filha do navegador Amyr Klink, Tamara herdou o amor pelo oceano, mas decidiu traçar seu próprio destino. Em sua nova jornada, Tamara Klink partiu da costa da França, em julho de 2023, rumo à Groenlândia com o objetivo de “invernar” no Ártico — permanecer ancorada durante o rigoroso inverno polar. Durante três meses, o sol deixou de nascer, e o frio intenso testou seus limites. Mesmo assim, ela se manteve firme. Sem contato humano e com os sistemas de água congelados, derretia blocos de gelo para beber e cozinhava pequenas porções no fogão do barco, transformando o isolamento em experiência e aprendizado.

Com o tempo, o silêncio transformou-se em mestre. Embora o medo fosse constante, Tamara encontrou sentido em cada dia vivido. Em entrevista à Forbes Brasil, afirmou: “Não é um sonho, é a minha profissão”. A frase resume o espírito da expedição: técnica, disciplina e amor pelo desafio de Tamara Klink no Ártico. Para garantir energia, usou painéis solares e controlou cada recurso com precisão. Além disso, cuidava da estrutura do barco e anotava as variações do gelo, demonstrando preparo e serenidade diante do extremo.

Segundo a Revista Náutica, o feito de Tamara Klink no Ártico é inédito entre brasileiras. Contudo, o impacto vai muito além do recorde. Sua travessia reforça o avanço feminino em áreas antes dominadas por homens, como a navegação e a pesquisa polar. Ao mesmo tempo, chama atenção para a necessidade de preservar o equilíbrio climático das regiões geladas, cada vez mais ameaçadas pelo aquecimento global.