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Brasil faz história e conquista o Mundial de Atletismo Paralímpico em Nova Déli

O Brasil encerrou o Mundial de Atletismo Paralímpico 2025 em Nova Déli como líder do quadro de medalhas, com 15 ouros, 20 pratas e 9 bronzes. O feito histórico reflete o amadurecimento do esporte adaptado nacional e o protagonismo de atletas como Jerusa Geber e Zileide Cassiano, que inspiram novas gerações rumo a Los Angeles 2028.

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Na sexta-feira (5/10), o Brasil alcançou um marco inédito ao terminar em 1º lugar no Mundial de Atletismo Paralímpico, disputado em Nova Déli, na Índia. A equipe encerrou a competição com 44 medalhas15 de ouro, 20 de prata e 9 de bronze — superando potências como China e Estados Unidos.

De acordo com o Comitê Paralímpico Internacional (IPC), esta é apenas a segunda vez em 12 anos que a China não lidera o quadro de medalhas; a última havia sido em Lyon, em 2013. Com 50 atletas na delegação, o Brasil demonstrou maturidade técnica e emocional, confirmando a eficiência de seu planejamento esportivo.

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Além disso, essa conquista encerra um ciclo de tentativas bem-sucedidas, já que o país havia ficado três vezes consecutivas com a prata. Por isso, o título mundial representa um divisor de águas e fortalece a confiança do time para os próximos desafios.

Protagonismo feminino no atletismo paralímpico

Entre os grandes nomes da campanha estão Jerusa Geber, Zileide Cassiano e Maria Clara Augusto, que transformaram a pista em um palco de superação e inspiração. Zileide garantiu o primeiro ouro do dia no salto em distância T20, repetindo o resultado obtido em Kobe, em 2024, e reafirmando seu domínio na prova.

Enquanto isso, Jerusa Geber, de 43 anos, venceu os 200 m T11 e se tornou a brasileira com mais medalhas em mundiais13 no total, superando Terezinha Guilhermina. “Saio sem dor, sem lesão. Quero o penta, o hexa, quero tudo. Até onde eu aguentar, quero ir”, declarou a atleta, segundo o IPC.

Na mesma prova, Thalita Simplício garantiu o bronze, e Maria Clara Augusto brilhou com a prata nos 200 m T47, alcançando o terceiro pódio nesta edição. Dessa forma, o trio simboliza a força feminina que eleva o nível do esporte brasileiro.

Superação e recordes que inspiram o atletismo paralímpico

Além das vitórias femininas, o arremessador Edenilson Floriani emocionou o público ao conquistar o bronze no peso das classes F42/F63, quebrando seu próprio recorde das Américas. Esse resultado reforça a ideia de que o esporte paralímpico é, acima de tudo, um território de coragem e superação pessoal.

Ao mesmo tempo, os resultados positivos refletem o trabalho de base promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O órgão tem ampliado centros de treinamento, fortalecido o suporte médico e criado parcerias internacionais. Como resultado, o país deixou de ser coadjuvante para se tornar referência global.

Um novo ciclo de conquistas

O desempenho em Nova Déli projeta o atletismo paralímpico brasileiro para um novo patamar de reconhecimento. Conforme o IPC, o país encerra o Mundial com o maior número de pódios de sua história e o melhor aproveitamento entre todas as delegações. Assim, a preparação já se volta para Los Angeles 2028, quando os atletas pretendem manter o protagonismo.

Mais do que um título, a campanha representa um legado de inclusão e orgulho nacional. O Brasil provou que, com investimento, oportunidade e união, é possível transformar limitações em vitórias — e inspirar o mundo com um esporte que enxerga além das medalhas.