Categoria Inovação

Robótica para arqueologia de Pompeia acelera restauração de artefatos do passado

Robôs apoiados pelo RePAIR usam IA para montar fragmentos de afrescos de Pompeia, acelerando processos de restauração e fortalecendo novas abordagens na arqueologia.

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A robótica para arqueologia de Pompeia ganhou destaque após a apresentação de um sistema inovador que usa Inteligência Artificial para reconstruir afrescos fragmentados (27/11). Desenvolvido pelo RePAIR, projeto financiado pela União Europeia, o equipamento une precisão técnica e cuidado com peças históricas, ampliando horizontes para a preservação de patrimônio cultural. Além disso, a iniciativa mostra como tecnologia e sensibilidade podem trabalhar juntas.

O processo começa com sensores de visão que analisam cada fragmento e acionam braços mecânicos capazes de manipular superfícies delicadas com suavidade. Desse modo, a tecnologia cria uma tecnologia robótica para afrescos de Pompeia, que facilita o encaixe entre peças e reduz etapas manuais que costumam exigir anos de dedicação contínua. Durante os testes, réplicas artificiais foram usadas para garantir segurança total aos originais, reforçando o compromisso com a integridade das obras.

Apoio

RePAIR impulsiona nova fase da robótica para arqueologia de Pompeia

O RePAIR reuniu equipes internacionais ao longo do desenvolvimento iniciado em 2021. Segundo o diretor do sítio arqueológico, Gabriel Zuchtriegel, o projeto nasceu da necessidade de recompor afrescos danificados durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, a tecnologia retoma histórias interrompidas e devolve contexto a obras que perderam sua forma ao longo das décadas.

Além da manipulação física dos fragmentos, especialistas em IA criaram algoritmos capazes de identificar cores e padrões muitas vezes invisíveis ao olhar humano. Para Marcello Pelillo, professor responsável pela coordenação científica, remontar essas imagens é “como resolver vários quebra-cabeças misturados ao mesmo tempo”. Assim, o avanço da reconstrução de artefatos com robôs reforça o apoio que a inovação oferece ao trabalho arqueológico.

Caminhos futuros da tecnologia robótica

Essa prática inaugura um cenário em que o sistema robótico para restauração em Pompeia complementa, e não substitui, a atuação dos arqueólogos. Conforme Zuchtriegel explica, a profissão resgata seu foco central de interpretação, análise e leitura da vida cotidiana. Por fim, a tendência é que soluções integradas de IA e manipulação mecânica abram novas oportunidades para proteger obras frágeis e ampliar o acesso ao conhecimento histórico, inspirando novas gerações a valorizar o passado.