Categoria Inovação

Japão aposta em robôs cuidadores para apoiar idosos com demência

O Japão amplia o uso de robôs cuidadores, IA e redes comunitárias para proteger idosos com demência. As soluções combinam detecção precoce, monitoramento e apoio emocional sem substituir o vínculo humano.

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Os robôs cuidadores tornaram-se parte de uma estratégia ampla no Japão para lidar com a redução de idosos com demência em 2024. Como o país registrou mais de 18 mil casos no ano, sistemas de GPS e IA passaram a integrar políticas públicas e soluções privadas para reduzir riscos e oferecer proteção desde os primeiros sinais da condição.

Enquanto a tecnologia avança, sensores vestíveis ajudam autoridades a localizar rapidamente quem ultrapassa áreas delimitadas. Além disso, lojas de conveniência recebem alertas imediatos, o que fortalece a rede comunitária e permite que moradores participem diretamente das buscas. Esse ecossistema se torna um apoio importante em um país onde quase 30% da população tem mais de 65 anos, ampliando o papel dos robôs cuidadores e de outras máquinas cuidadoras no cotidiano.

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Robôs cuidadores e IA na detecção precoce

Entre as inovações, o aiGait, da Fujitsu, analisa postura e marcha para identificar sinais iniciais de demência. A empresa reforça que a leitura de dados corporais favorece intervenções médicas antecipadas. Segundo o porta-voz Hidenori Fujiwara, “a detecção precoce de doenças relacionadas à idade é fundamental”. Além disso, outro projeto é o robô AIREC, criado na Universidade Waseda, capaz de executar tarefas simples como vestir meias ou dobrar roupas, reforçando como robôs cuidadores podem aliviar a rotina familiar.

Para especialistas, esse modelo ainda exige desenvolvimento. O pesquisador Tamon Miyake lembra que habilidades motoras e adaptativas avançadas precisam de pelo menos cinco anos de aprimoramento. Mesmo assim, o avanço atual já oferece suporte direto a cuidadores, especialmente em residências e clínicas, onde esses autômatos cuidadores se tornam aliados importantes.

O Poketomo, da Sharp, mostra como a tecnologia também cria companhia. Ele cabe no bolso, avisa sobre o clima, lembra horários de remédios e conversa com pessoas que vivem sozinhas. Como explica Miho Kagei, “estamos focados em questões sociais… e em usar novas tecnologias para ajudar a resolver esses problemas”. A proposta reforça que vínculo humano e robôs cuidadores podem caminhar juntos.

Futuro dos robôs

Essa geração de assistentes robóticos expande cuidados, porém mantém o ser humano no centro. O Restaurant of Mistaken Orders, em Tóquio, revela como iniciativas sociais seguem indispensáveis. A combinação entre ferramentas digitais e presença afetiva cria o caminho mais promissor para quem vive com demência, oferecendo dignidade, autonomia e esperança. Assim, a combinação entre ferramentas digitais e presença afetiva cria o caminho mais promissor para quem vive com demência, oferecendo dignidade, autonomia e esperança.