O robô humanoide chinês A2 transformou ruas comuns em palco de inovação ao caminhar 106 quilômetros sem interrupções, durante três dias seguidos. A travessia, iniciada em Suzhou e finalizada no calçadão do Bund, em Xangai, marcou um feito inédito para máquinas da mesma categoria. O percurso chamou atenção pelo cenário urbano real, com pedestres, ciclistas e veículos compartilhando o espaço ao lado do robô humanoide chinês.
Robô humanoide chinês e a convivência com a cidade
Ao longo do percurso, o robô humanoide chinês mostrou algo além de fôlego mecânico. Desenvolvido pela empresa AgiBot, o modelo A2 ajustou o ritmo conforme o ambiente, reduziu a passada em trechos mais movimentados e avançou com mais velocidade em áreas livres. Durante todo o trajeto, o robô humanoide chinês operou de forma autônoma, seguiu regras de trânsito e interagiu com o fluxo urbano sem intervenção humana direta.
Esse comportamento reforça uma mudança perceptível no setor, já que robôs começam a deixar ambientes controlados e passam a testar limites em espaços reais. Com 1,69 metro de altura, o A2 foi projetado para atendimento ao público. O robô humanoide chinês conta com funções de conversa e leitura labial, o que amplia suas possibilidades de uso em locais de grande circulação.
Tecnologia chinesa e novos padrões na robótica
O recorde registrado pelo Guinness World Records superou a maior distância já percorrida continuamente por um robô humanoide. Ao mesmo tempo, o feito do robô dialoga com políticas adotadas na China para estimular o desenvolvimento de máquinas capazes de atuar em tarefas variadas. Em agosto, o país sediou competições voltadas a robôs humanoides, apelidados de “atletas”, criadas para testar habilidades físicas e cognitivas desses sistemas.
Esse cenário também se conecta a análises do banco Morgan Stanley, que projeta uma presença massiva de robôs humanoides no cotidiano global até 2050. Além disso, embora os números sejam projeções, a caminhada do A2 oferece um retrato concreto de como o robô humanoide chinês começa a ocupar espaços antes exclusivos das pessoas.
Ao cruzar cidades sem parar, o robô não apenas quebrou um recorde, como apresentou uma amostra do futuro urbano. Assim, a cena de uma máquina caminhando ao lado de pessoas sugere que a robótica pode se integrar ao dia a dia de forma funcional, abrindo espaço para serviços mais acessíveis e novas formas de interação entre tecnologia e sociedade.
