Categoria Inovação

NASA encontra sinais promissores de vida em Marte em estudo da Nature

O rover Perseverance, da NASA, coletou em Marte uma amostra que revelou minerais associados à atividade microbiana. Publicado na Nature, o estudo é visto como a evidência mais promissora de possível vida em Marte desde as missões Viking, reforçando o entusiasmo científico e reacendendo a busca por respostas sobre o cosmos.

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A humanidade deu mais um passo em direção a desvendar se estamos sozinhos no universo. Pesquisadores anunciaram que o rover Perseverance encontrou em Marte uma amostra rochosa com sinais compatíveis com atividade microbiana. A descoberta, publicada na revista Nature, fortalece a busca por vida em Marte e reacende um debate que atravessa gerações.

Descoberta reacende debate sobre vida em Marte

O estudo descreve a presença de minerais como vivianita e greigita, que podem ter se formado a partir da interação entre sedimentos e matéria orgânica em um lago que existiu há bilhões de anos na Cratera Jezero. Conforme explicou Joel Hurowitz, autor principal do estudo da Nature e professor da Universidade Stony Brook, trata-se de uma “bioassinatura potencial” — um possível traço de vida.

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Ainda assim, a descoberta é considerada a evidência mais promissora até hoje. De acordo com o administrador interino da NASA, Sean Duffy, trata-se possivelmente “do sinal mais claro de vida que já encontramos em Marte”. Portanto, a comunidade científica vê neste resultado uma oportunidade de aprofundar os estudos sobre o planeta vizinho.

O Perseverance, que pousou em Marte em 2021, já coletou 25 amostras. Entretanto, a rocha apelidada de “Sapphire Canyon” é vista como a mais significativa até agora. Dessa forma, missões futuras podem trazer esse material à Terra, onde análises laboratoriais mais avançadas poderão confirmar ou refutar a hipótese de vida microbiana. No vídeo a seguir, confira a repercussão do anúncio feito pela NASA:

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Missões passadas e o futuro da exploração espacial

A busca por vida em Marte não começou agora. Em 1976, as missões Viking já realizaram experimentos para detectar sinais biológicos, mas os resultados foram inconclusivos e continuam sendo debatidos até hoje. Posteriormente, em 2012, o rover Curiosity encontrou moléculas orgânicas complexas, o que abriu caminho para novas perguntas. Assim, o Perseverance representa a continuidade dessa trajetória, com instrumentos mais sofisticados e foco direto na coleta de amostras.

Mais do que um marco científico, essa descoberta inspira reflexão sobre a nossa própria existência. Afinal, se confirmada, a presença de vida microbiana em Marte ampliará nossa compreensão sobre a diversidade da vida no cosmos. Em outras palavras, cada nova pista aproxima a humanidade de responder uma das maiores perguntas da ciência: existe, de fato, vida em Marte?