No Conexão Agro, da CNN Brasil, o tema ganhou destaque nacional: são mais de 10,7 milhões de mulheres no agronegócio, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq-USP (Cepea). O estudo revela que a presença feminina no setor aumentou acima da média nacional. Além disso, o nível de escolaridade subiu, o que tem aberto espaço para novas funções técnicas e de gestão. (Fontes primárias: Cepea/Esalq-USP e IBGE)
Mulheres no agronegócio e a gestão das propriedades
Pelos retratos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres no agronegócio já respondem por cerca de 19% dos cargos de administração em fazendas, cooperativas e agroindústrias. Assim, o campo se torna mais diverso e produtivo. A CNN Brasil reforçou esse cenário em rede nacional, destacando os impactos em inovação, renda e qualidade de vida rural.
Por outro lado, o acesso à terra ainda é limitado. Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do IBGE mostram que produtoras comandam aproximadamente 30 milhões de hectares — o que equivale a 8,5% da área total das propriedades rurais. Políticas de crédito e regularização fundiária são essenciais para ampliar essa presença de mulheres no agronegócio e gerar novos investimentos.
Formação técnica amplia o alcance
A qualificação tem sido o motor dessa mudança. Conforme o Cepea, o aumento da escolaridade feminina impulsionou a formalização do trabalho rural. Cursos técnicos, capacitações e o uso de tecnologia abriram caminhos em áreas como finanças, sustentabilidade, pós-colheita e agrosserviços.
Além disso, redes e eventos fortaleceram a presença feminina. O Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, realizado em São Paulo, tornou-se um polo de conhecimento e negócios. Cada edição reúne milhares de produtoras, pesquisadoras e executivas que trocam experiências e geram oportunidades.
Com novas estatísticas em atualização, os estudos do Cepea e do IBGE indicam que mulheres no agronegócio devem conquistar ainda mais espaço em cargos de liderança e inovação. Quando formação, crédito e sustentabilidade caminham juntas, o campo cresce — e o Brasil avança com ele.