Com uma ideia nascida da admiração pela natureza e do desejo de reinventar as cidades, o biólogo Paulo Garbugio e o engenheiro florestal Charles Coelho decidiram tratar as árvores como infraestrutura essencial. Da observação cuidadosa das copas surgiu a Arboran, empresa reconhecida pela Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN), que une ciência e tecnologia para redefinir o manejo de árvores urbanas. Assim, a missão dos fundadores é simples e poderosa: transformar o verde das ruas em um sistema vivo de segurança, saúde pública e equilíbrio ambiental.
Tecnologia e manejo de árvores urbanas
No início, os fundadores enfrentaram ceticismo. Entretanto, aos poucos, mostraram que o manejo de árvores urbanas vai muito além da estética. Com o GAAU (Grau de Atenção para Árvores Urbanas), um software que identifica riscos de queda, orienta podas e calcula o carbono estocado por árvore, a Arboran inaugurou uma nova era na gestão ambiental. Dessa forma, a tecnologia converteu árvores em ativos rastreáveis e abriu espaço para o conceito de florestas inteligentes, nas quais cada tronco e cada folha têm valor ecológico e financeiro.
Saúde, segurança e manejo de árvores urbanas sustentável
Segundo dados da própria empresa, a Arboran já gerou 8.610 créditos de carbono, o que representa cerca de R$ 730 mil em valor de mercado. Além disso, cresce em média 60% ao ano, demonstrando a força do setor verde no Brasil. Esses números traduzem mais do que sucesso econômico — revelam o impacto direto do manejo de árvores urbanas na qualidade de vida. Afinal, árvores bem cuidadas reduzem o calor, melhoram a oxigenação do ar e diminuem riscos de acidentes, tornando as cidades mais seguras e saudáveis.
Manejo de árvores urbanas ganha reconhecimento internacional
Com os resultados positivos, a Arboran iniciou negociações com cidades do Chile e da Argentina, expandindo o alcance da tecnologia brasileira. Paralelamente, em novembro de 2025, será uma das representantes nacionais no Web Summit Lisboa, um dos maiores eventos de inovação do mundo. Para Garbugio, o avanço da empresa é também um símbolo de consciência ambiental: “As árvores são nossas parceiras invisíveis. Quando cuidamos delas, cuidamos de nós mesmos”, destaca o biólogo.
Um futuro conectado pela natureza
Atualmente, o próximo passo da startup é criar um sistema autogerível, capaz de analisar dados em tempo real e sugerir ações automáticas de manejo. Assim, o manejo de árvores urbanas poderá se integrar totalmente às cidades inteligentes — conectadas, sustentáveis e humanas. À medida que o concreto avança, cresce também a certeza de que o futuro urbano depende do verde que respira entre os prédios. E talvez, nesse futuro, cada árvore seja um elo vivo entre a tecnologia e o cuidado com a vida.
