A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) iniciou, em 12/11, em Lisboa, uma imersão que leva líderes industriais cearenses a explorar tecnologias para a Economia Azul, segundo a instituição. A jornada reúne 28 participantes em uma formação executiva que conecta educação, ciência e soluções ambientais, sempre com foco no uso responsável dos oceanos.
O programa, criado pela FIEC, inclui aulas e experiências que mostram como inteligência artificial, tokenização e blockchain podem impulsionar práticas sustentáveis. Desde o começo da semana, a turma participa de atividades na Nova SBE, onde o professor Leidi Zejnilovic apresentou aplicações de IA capazes de otimizar processos e reduzir impactos ambientais, além de exemplos como monitoramento de pesca ilegal com dados de satélite.
Tecnologia e impacto humano na FIEC
À tarde, os participantes visitaram a A4F, referência portuguesa em biotecnologia de microalgas. O encontro apresentou soluções para alimentação, cosméticos, agricultura e energia, demonstrando como a biotecnologia marinha pode apoiar cadeias produtivas mais limpas. Em seguida, o grupo esteve na Fundação Oceano Azul, onde especialistas discutiram conservação marinha, literacia dos oceanos e políticas públicas internacionais, fortalecendo conexões entre países.
Inovação industrial guiada pela FIEC
Para Paulo Rabelo, presidente do Sindroupas, a experiência amplia a visão estratégica da indústria cearense. Ele afirma que tecnologias como IA, blockchain e tokenização podem fortalecer a rastreabilidade do algodão, do denim e de todo o setor têxtil, gerando maior valor para exportações. “O Ceará tem todas as condições de se firmar como um polo que une moda, inovação e sustentabilidade oceânica”, destaca.
Federação das Indústrias e novos caminhos
Rabelo reforça que a FIEC abre portas para cooperação internacional ao aproximar o ecossistema europeu da indústria local. Ele aponta que essa agenda inspira inovação e promove ações alinhadas à descarbonização e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em um cenário global que exige criatividade e responsabilidade, a imersão mostra como a tecnologia pode cuidar dos mares e renovar oportunidades para quem produz no Ceará.