As novas metas climáticas apresentadas por 64 países sob o Acordo de Paris podem reduzir em 17% os impactos das emissões globais. Essa é a conclusão de um relatório da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) divulgado na terça-feira (28/10).
A projeção indica ainda uma queda de 6% até 2030 em relação às metas anteriores. Se acaso os novos compromissos climáticos forem plenamente cumpridos, as metas podem eliminar 13 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO₂e) até 2035. Esse resultado, assim, reforça o papel do pacto internacional como guia para conter a crise climática e aproximar o mundo da neutralidade de carbono.
Compromissos mais amplos e estruturados
O relatório da ONU destaca que as novas metas climáticas tornaram-se mais completas e ambiciosas. Elas passaram a incluir não apenas metas de mitigação, mas também planos de adaptação, financiamento e transferência de tecnologia.
Além disso, cerca de 75% dos países indicaram a necessidade de novas formas de cooperação internacional para destravar recursos voltados a projetos de baixo carbono. Para especialistas, essa integração sinaliza maturidade nas políticas climáticas e, ademais, fortalece o papel das soluções baseadas na natureza como pilares da transição verde.
Brasil assume protagonismo no debate climático
Desde que foi escolhido para sediar a COP30, o Brasil vem incentivando a atualização das metas nacionais, alinhadas aos compromissos ambientais globais. O país foi o segundo a entregar sua nova NDC dentro do prazo prorrogado.
Para o WWF-Brasil, a inclusão de medidas de conservação de florestas e manguezais representa uma oportunidade de alinhar sustentabilidade, desenvolvimento econômico e justiça climática. Essas ações reduzem custos, protegem comunidades e mantêm o equilíbrio ambiental.
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Novos compromissos climáticos e o caminho possível até 2035 para
Com avanços consistentes e maior engajamento internacional, as novas metas climáticas ampliam a esperança de um futuro mais equilibrado. A redução das emissões, o fortalecimento do financiamento verde e a valorização das soluções naturais mostram que a neutralidade de carbono até 2035 está mais próxima do que nunca.
