O investimento social corporativo no Brasil vive um novo auge. Segundo levantamento da Agência Brasil, com base na pesquisa BISC 2025 da Comunitas, empresas e instituições aplicaram R$ 6,2 bilhões em ações de impacto social em 2024 — um salto de 19,4% em relação a 2023. A maior parte dos recursos veio diretamente das companhias, que decidiram reforçar seu papel como parceiras do desenvolvimento nacional. Assim, o setor privado demonstra que investir em pessoas e comunidades é também investir no futuro do país.
Educação e cultura lideram o investimento social corporativo
Entre as causas mais apoiadas pelo investimento social corporativo, destacam-se educação e cultura. Programas de formação técnica, projetos de leitura e restauração de espaços culturais receberam atenção especial das empresas. Além disso, cresce o foco na inclusão produtiva, voltada à qualificação profissional. Para Patrícia Loyola, diretora de investimento social da Comunitas, a “inteligência social das empresas pode responder à falta de mão de obra qualificada”. Dessa forma, as organizações alinham propósito social e estratégia de crescimento.
Investimento social corporativo e o desafio climático
O avanço das ações voltadas às emergências climáticas mostra que o investimento social corporativo também se tornou uma ferramenta ambiental. Em 2024, empresas participaram de campanhas de ajuda humanitária, como as doações ao Rio Grande do Sul, e começaram a financiar projetos de prevenção e adaptação climática. Conforme Loyola, “não estamos mais no risco de emergências, estamos vivendo as emergências”. Por isso, cresce a busca por iniciativas estruturantes e de longo prazo, voltadas à proteção de comunidades vulneráveis.
Cooperação e co-investimento social corporativo fortalecem resultados
Outro ponto importante revelado pelo BISC 2025 é o aumento do co-investimento social, modelo em que empresas se unem a outras instituições para financiar projetos de impacto. Essa colaboração amplia o alcance e melhora a eficiência das iniciativas. De acordo com Loyola, “as empresas entenderam que, sozinhas, não vão conseguir resolver o tamanho do problema”. O equilíbrio entre indústria e setor de serviços confirma que o investimento social corporativo está mais diverso e integrado, beneficiando diferentes regiões do país.
Um futuro guiado por propósito
A nova geração de executivos sociais enxerga o investimento social corporativo como uma forma concreta de transformação. À medida que o país fortalece a educação, valoriza a cultura e enfrenta os desafios climáticos, o setor privado se consolida como agente essencial do bem coletivo. Com cada projeto apoiado, cresce o sentimento de que o desenvolvimento brasileiro passa por um caminho mais humano, colaborativo e sustentável — um futuro em que empresas e sociedade caminham lado a lado, compartilhando propósito e esperança.
