O empreendedorismo jovem no Brasil se tornou uma das forças mais vibrantes da economia nacional. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4,9 milhões de brasileiros entre 18 e 29 anos já comandam seus próprios negócios. Esse dado, divulgado em junho de 2025, revela o avanço de uma geração que vê no empreendedorismo uma forma de autonomia, inovação e impacto positivo. Assim, a geração Z molda um novo capítulo do mercado de trabalho, movida pelo desejo de construir e não apenas de ocupar espaços.
Inovação digital fortalece o empreendedorismo jovem no Brasil
Crescida em um ambiente conectado, essa geração transforma tecnologia em aliada do crescimento. Plataformas digitais, redes sociais e ferramentas acessíveis permitem que uma ideia se transforme rapidamente em um produto. Hoje, serviços e comércio concentram 74,5% dos jovens donos de negócios, justamente os setores que mais absorvem soluções digitais. Um exemplo é Lucas Castellani, de São Paulo, que fundou em 2020 a startup Cartpanda, plataforma de e-commerce que ajuda pequenos lojistas a vender online de forma acessível. A empresa recebeu investimento da aceleradora Y Combinator e alcançou faturamento superior a sete dígitos mensais. O caso mostra como o empreendedorismo jovem no Brasil está abrindo espaço para negócios digitais competitivos e criativos.
Negócios de impacto social e o novo perfil dos jovens empreendedores
Ao mesmo tempo, o empreendedorismo jovem no Brasil também é movido por propósito. Muitos desses empreendedores associam seus projetos a causas ambientais e sociais, dando origem ao chamado empreendedorismo de impacto. No Norte e Nordeste, o programa Negócio Raiz capacitou mais de 800 microempreendedores em 2024, apoiando jovens que criam soluções sustentáveis nas comunidades locais. Além disso, iniciativas como Ashoka e plataformas de financiamento coletivo, como Catarse e Kickstarter, têm facilitado o acesso a recursos para tirar ideias do papel. Dessa forma, os jovens empreendedores brasileiros unem lucro e propósito, transformando o cenário do trabalho e da economia.
Desafios e oportunidades para o empreendedorismo jovem no Brasil
Apesar dos avanços, há um longo caminho pela frente. Segundo o Sebrae, apenas cerca de 27% dos jovens empreendedores possuem CNPJ, o que evidencia o potencial de formalização ainda não explorado. A burocracia, o acesso limitado a crédito e a falta de formação em gestão continuam sendo barreiras. Contudo, programas educacionais, como os da Junior Achievement Brasil, e o apoio de aceleradoras e incubadoras, vêm aproximando os jovens das ferramentas necessárias para consolidar suas ideias. Assim, cada curso e mentoria se tornam pontes entre a energia criativa dos empreendedores da geração Z e a estrutura que transforma boas ideias em negócios sustentáveis.
Um novo futuro para o empreendedorismo jovem no Brasil
O avanço do empreendedorismo jovem no Brasil é mais do que uma tendência — é um retrato de um país em transformação. A renda média desses empreendedores, hoje em torno de R$ 2.567, cresceu 25,4% nos últimos três anos, superando o ritmo da média nacional. Isso demonstra que inovação e propósito podem, juntos, gerar prosperidade. Com cada nova startup, loja virtual ou projeto de impacto, o Brasil se torna um terreno fértil para oportunidades e inclusão. A geração Z empreendedora mostra que o futuro do trabalho não é apenas tecnológico, mas também humano — feito de conexões, ideias e esperança.