Categoria Empreendedorismo

Educação financeira nas escolas desperta autonomia e cidadania

A educação financeira nas escolas ganha força no Brasil e já altera a relação das famílias com o dinheiro. Com o MEC e o Banco Central à frente, o tema alcança lares, enquanto o Instituto Alana propõe um olhar crítico sobre consumo e apostas.

Nas escolas públicas brasileiras, a educação financeira nas escolas começa a produzir resultados concretos. Professores relatam que os alunos já planejam o lanche da semana e conversam sobre orçamento com os pais. Segundo o Estadão Educação, Camila Guimarães, diretora do Ministério da Educação (MEC), afirma que “ensinar a lidar com o dinheiro é ensinar autonomia e cidadania”. Essas experiências se multiplicam. Em Curitiba, por exemplo, a Gazeta do Povo registrou turmas que passaram a discutir dívidas familiares em sala, o que fortaleceu o diálogo dentro de casa.

Políticas públicas consolidam a educação financeira nas escolas

Desde 2020, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inclui o tema de forma transversal. Assim, matemática, cidadania e projeto de vida passaram a dialogar com o planejamento financeiro. Em 2025, o Ministério da Educação e o Banco Central intensificaram essa política. Durante a Semana Nacional de Educação Financeira, entre 12 e 18 de maio, o programa Aprender Valor foi ampliado para o ensino médio. Além disso, o Banco Central premiou escolas com melhores resultados. “A educação financeira é o pilar de uma sociedade menos endividada e mais consciente”, destacou Roberto Campos Neto em coletiva, reforçando o papel da escola na mudança cultural.

Além dos números: consumo e apostas sob novo olhar

O Instituto Alana lembra que ensinar finanças também é formar consumidores conscientes. A entidade ficou conhecida ao questionar o uso de personagens de fast food em escolas públicas, decisão que resultou na proibição dessas ações. O caso simboliza o cuidado com a infância e a proteção contra o marketing abusivo. Além disso, o Alana alerta para o avanço das apostas online. Em entrevista à Educação Integral, Rodrigo Nejm, especialista do instituto, afirmou que “as crianças são bombardeadas por anúncios de apostas e precisam de espaço para refletir sem julgamento”. Por isso, ele defende que a escola promova debates críticos e estimule escolhas responsáveis.