O conceito de branding mudou. Antes, criar uma marca significava escolher um logotipo e um slogan. Hoje, trata-se de contar uma história com sentido, capaz de conectar pessoas e valores. As marcas com propósito surgem como resposta a um público que exige autenticidade, ética e impacto real.
Além disso, o branding passou a ser um espelho da cultura contemporânea. Empresas que comunicam apenas produtos tendem a desaparecer rapidamente, enquanto aquelas que revelam suas crenças ganham espaço e confiança.
De acordo com o relatório Global Marketing Trends 2024, da Deloitte, empresas com propósito claro são 2,5 vezes mais propensas a conquistar a lealdade de seus consumidores e a engajar equipes. Assim, o branding deixou de ser apenas estética e tornou-se uma estratégia de cultura, uma forma de pensar e agir.
Branding: uma estratégia que dá resultado
Entre as práticas que definem o sucesso das marcas com propósito estão a consistência visual, o tom de voz coerente e o compromisso real com causas sociais e ambientais. Não basta “parecer responsável”; é essencial agir com intenção.
O estúdio criativo CANOA, liderado por Hana Khalil e Leticia Nazarian, exemplifica essa filosofia. Atuando entre São Paulo e Los Angeles, o estúdio desenvolve marcas como extensões vivas de seus fundadores, unindo design, conteúdo e propósito.
“As mulheres que eu afeto são quem me fazem continuar. São as minhas maiores metas”, afirmou Hana Khalil em entrevista à Capricho.
A frase traduz o espírito de uma geração de criadores que entende o branding como ferramenta de expressão pessoal e transformação social. Desse modo, o propósito deixa de ser discurso e passa a ser prática, algo vivido, não apenas dito.
Marcas com propósito: da estética à ação
Em todo o mundo, negócios estão repensando sua forma de existir. De startups a multinacionais, cresce o investimento em branding com propósito, que combina estética, estratégia e impacto humano.
Por outro lado, consumidores também se tornaram mais atentos. Eles valorizam marcas transparentes, capazes de dialogar com suas causas e de demonstrar coerência entre o que prometem e o que entregam.
Exemplos são abundantes: empresas de moda que adotam cadeias produtivas éticas, marcas de tecnologia que defendem diversidade e startups que comunicam sustentabilidade como princípio. Em todos os casos, a narrativa autêntica é o elo entre o produto e o público.
Portanto, o segredo está em equilibrar forma e conteúdo. O design atrai o olhar, mas é o propósito que constrói vínculo e fidelidade.
O futuro das marcas com propósito
O branding, cada vez mais, é um processo de escuta e não apenas de identidade visual. À medida que o consumidor valoriza transparência e responsabilidade, as marcas com propósito se consolidam como símbolos de confiança e pertencimento.
Enquanto algumas empresas ainda tratam o branding como decoração, outras o veem como cultura viva. Estúdios como o CANOA demonstram que o futuro das marcas passa pela união entre estética e ética, entre o belo e o verdadeiro.
Assim, o branding deixa de ser marketing e torna-se um gesto de humanidade. As marcas com propósito nascem com mais chances de evoluir, inspirar e permanecer, porque, no fim, o que se sustenta é o que faz sentido.
