A Cimento Apodi mostra que o futuro da indústria sustentável não está restrito ao Sudeste ou a grandes polos industriais. A empresa, com sede no Ceará, tornou-se referência nacional em descarbonização e inovação, transformando o Nordeste em vitrine da nova economia de baixo carbono. Em sintonia com a 7ª Carta da Presidência da COP30, que convoca o setor privado a agir agora, a Apodi traduz compromissos climáticos em resultados concretos, unindo tecnologia, energia limpa e impacto social positivo.
Com práticas alinhadas à Agenda 2030 da ONU, a companhia adota medidas que reduzem emissões e impulsionam a competitividade. Entre elas, o uso de biomassa e resíduos industriais no lugar de combustíveis fósseis, a digitalização dos processos e a criação de novos produtos de menor intensidade de carbono. Essa combinação tem reposicionado o setor cimenteiro nordestino como modelo de inovação ambiental.
Cimento Apodi investe em energia limpa e cogeração
A Cimento Apodi investiu R$ 25 milhões na construção de um parque solar de 5 MWp em Quixeré (CE), um dos maiores do setor cimenteiro do Nordeste. O projeto ocupa 90 mil m² e abriga mais de 10 mil módulos fotovoltaicos. Com isso, a unidade gera 8.858 MWh por ano e evita a emissão de 1.500 toneladas de CO₂, contribuindo para as metas de autossuficiência energética da empresa.
Segundo o CEO Sérgio Maurício, “a produtividade precisa caminhar junto com a responsabilidade socioambiental”. A empresa pretende alcançar 25% de autossuficiência energética até 2025, sendo 18% via cogeração de energia (Waste Heat Recovery – WHR) e 7% via energia solar. O sistema WHR reaproveita o calor do processo produtivo, transformando-o em eletricidade limpa e reduzindo custos operacionais.
Coprocessamento e inovação moldam a nova indústria nordestina
Outra frente essencial da Cimento Apodi é o coprocessamento de resíduos, que substitui combustíveis fósseis por materiais alternativos, como pneus triturados, biomassa e rejeitos industriais. Esse método garante a destruição segura de resíduos, reduz emissões e alimenta o ciclo da economia circular. Atualmente, a Apodi já atinge 20% de substituição térmica, com meta de chegar a 25% até o fim de 2025.
A empresa também aposta em inteligência artificial (IA) para otimizar processos e reduzir impactos ambientais. O sistema Cement Mill Optimizer (CMO) analisa 276 variáveis em tempo real, simulando milhões de combinações a cada meio minuto. Essa tecnologia melhora a eficiência energética e ajuda a diminuir a pegada de carbono do cimento.
Inovação social e protagonismo nordestino
Além de tecnologia, aCimento Apodi investe em desenvolvimento humano nas comunidades de Quixeré e Pecém. Projetos como “Construindo o Saber”, em parceria com o SESI, já formaram 149 alunos e ampliaram o acesso à educação. Outras iniciativas, como a UniApodi e a Casa Sociocultural de Bom Sucesso, reforçam o papel da indústria como agente de transformação local.
Essas ações ecoam na COP30, onde o Nordeste surge como protagonista da nova economia verde. “O Nordeste também pode liderar a transição para uma economia de baixo carbono”, afirma Sérgio Maurício. A trajetória da empresa mostra que sustentabilidade, inovação e prosperidade regional podem — e devem — andar juntas.